Show | Da redação/com Diário Corumbaense | 09/03/2015 10h18

Show e entrega de prêmio encerram o dia da mulher em Corumbá

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Encerrando as comemorações alusivas ao Dia Internacional da Mulher, organizadas pela Prefeitura de Corumbá, aconteceu na noite de domingo (08) na ferradura do Porto Geral de Corumbá, o show Tributo à Mulher Pantaneira e a entrega do prêmio Helô Urt, uma  homenagem à ativista política e cultural, falecida em 2011, e destaca mulheres e homens que contribuíram de forma efetiva para o reconhecimento e valorização das mulheres corumbaenses. Foram premiadas cinco categorias: Cultura, Meio Ambiente, Cidadania, Sensibilidade e Gênero e Personalidade.

A primeira categoria a ser premiada foi Cidadania. A defensora pública, Maria Clara Porfírio de Moraes, foi a indicada. “Agradeço a todas as pessoas que colaboraram para que esse prêmio chegasse às minhas mãos; pessoas e instituições como o Estado de Mato Grosso do Sul que separa vaga para afrodescendentes ou afro-brasileiros; a Prefeitura Municipal de Corumbá que permite que a defensoria tenha um trabalho diferenciado; às conselheiras e secretárias que são muito importantes para que eu possa trabalhar. E por fim à instituição que eu pertenço, a Defensoria Pública do MS, através de amigos defensores, atendentes, estagiárias e colegas que não estão atrás de mim, estão sempre ao meu lado, por que é assim que se trabalha com cidadania, é assim que se trabalha com dignidade”, disse Maria Clara.

Na categoria Meio Ambiente, a premiada este ano foi a pesquisadora Emiko Rezende, chefe da Embrapa Pantanal. “O que a gente tem é o esforço e a vontade de progredir, de sempre entender tanto o meio ambiente como as pessoas, para o trabalho em prol do desenvolvimento sustentável do Pantanal. A batalha não é fácil, tem hora que a gente leva rasteira, tem hora que a gente recebe elogio, mas é o objetivo que a gente deve perseguir principalmente em função das gerações que vem aí. Agradeço sobretudo aos meus colegas da Embrapa Pantanal que trabalham neste ambiente difícil, mas é assim que a gente consegue trabalhar em prol do desenvolvimento dessa região”, disse Emiko.

Como falar de cultura e não se lembrar dela. A artista plástica, Marlene Mourão, a Peninha, como é conhecida na cidade foi a premiada na categoria, e em poucas palavras não falou de seu trabalho, mas sim da grande amiga que foi Helô Urt. “O que eu quero é somente dizer muito obrigada, esse prêmio eu vou levar para os filhos de Helô, porque o meu maior prêmio foi ter convivido com ela”, disse emocionada.

Já na categoria Personalidade, a premiação foi para uma mulher guerreira: Rosa Mavignier, que mesmo com todos os seus problemas de saúde, não se esquece do próximo e criou a campanha Lenço Solidário, que ganhou o País com sua simplicidade ao lembrar das pessoas com câncer.

“Primeiro o meu beijo de luz vai para Helô; beijo para minha mãe linda e maravilhosa com os seus oitenta e tantos anos; para toda a minha família e todas as mulheres, uma por uma. Nós estamos aqui para fazer a diferença como mulheres, esposas, mães e tudo mais. Hoje,  a emoção toma conta de mim por estar nesse cenário onde criei meus filhos e eu digo a todas as mulheres lutem por seus direitos, para que a gente possa continuar a sermos chamadas de mulheres guerreiras”,  falou Rosa Mavignier.

E por fim na categoria Sensibilidade e Gênero, o premiado foi o padre Pascoal Forin, pelo trabalho de quase três décadas à frente da Pastoral da Terra. “Este prêmio não é para mim, é para a comissão da Pastoral da Terra, formada por homens e mulheres que há 27 anos exatamente estão trabalhando aqui comigo, algumas pessoas desde aquele tempo e outras que passaram. Portanto para mim, esta homenagem é para os meus companheiros e ex-companheiros que enfrentaram muitas dificuldades para exercer essas atividades”, disse o padre Pascoal.

Para 2016, já se pensa em instituir mais uma categoria, intitulada “In Memorian”,  para premiar aqueles que muito fizeram pela cidade e que já faleceram.

Ladarense e com uma personalidade marcante, Helô era conhecida pelo jeito autêntico de expor suas opiniões e defender seus pontos de vista. À frente da Fundação de Cultura do Pantanal, ela foi a responsável por trazer de volta os carnavais antigos com a descida dos corsos, blocos das pastorinhas e frevo para a avenida General Rondon. Em 2006, idealizou o bloco Sandálias de Frei Mariano, que passou a abrir o carnaval de Corumbá na noite de quarta-feira.

Em sua gestão também foram criados a Noite da Seresta, o projeto Pôr do Som e demais ações em prol da cultura local como a volta do uso do Jardim da Independência em datas festivas como o aniversário da cidade e Natal. Como gestora da cultura local, ela também contribuiu para a organização do Arraial do Banho de São João ao cadastrar as famílias que promovem os festejos na cidade.

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