Jornalista Diego Gregório lança livro de poesia nesta quinta (28)
“Um poema, depois de lido, não pode mais ser apagado. Ele existirá em formato unidimensional, gigante, sem dimensão no coração de quem leu. Como a teoria das cordas é a base da Física, esta é a base do poema”. Às vezes a poesia consegue explicar aquilo que nem sempre é falado em voz alta. O amor dos dias atuais e até mesmo os sentimentos provocados por chegadas ou partidas são questões que ganham novas perspectivas entre os versos. Com o objetivo de abordar as subjetividades dos relacionamentos humanos, o jornalista Diego Gregório lança a obra “Coisas que você mesmo poderia ter dito” na quinta-feira, 28 de janeiro.
O primeiro livro de poesia do escritor trata, principalmente, sobre a busca do ideal romântico em um período marcado pelas mudanças tecnológicas. “Estamos, como sociedade, e agora mais que nunca, muito empenhados em explicar o amor. Talvez seja porque vivemos numa época em que muito se fala em individualismo e em desapego. O amor é assustador porque, por mais que tentemos, ainda não conseguimos explicá-lo, e parece que tem sido mais fácil reinventá-lo. Ele é o único sentimento que não diz respeito a um só indivíduo”, diz.
Para o escritor, esse sentimento vive uma certa contradição na atualidade: ao mesmo tempo que as pessoas estão evitando relações profundas, elas se conectam nas redes sociais na procura disso. “As interações virtuais são muito semelhantes a da vida real. Acredito que o futuro possa ser poliamoroso, mas nunca sozinho, embora há muita gente que defenda essa bandeira. Existe amor na tecnologia. Falo isso enquanto lembro do filme ‘HER’, em que um homem se apaixona por uma inteligência artificial. Mas o amor é simples, é um anticomputador”, defende.
A partir dos textos e das ilustrações, o conteúdo conversa com o leitor por abordar assuntos tão universais. “Os poemas são muito visuais e são bastante comuns a todos nós. É cotidiano, um convite a reviver uma época que você viveu, que gostaria de ter vivido ou que viverá um dia”, afirma o jornalista. Ele ainda expressa o desejo de ser acolhido pelos leitores e comenta: “É assustador ser lido, tal como quando um animal preso em cativeiro é solto em habitat natural. É um misto de alegria e medo. Se uma frase tocar um leitor verdadeiramente, eu estarei contente”.
O lançamento acontece em poucos dias, mas o processo de produção demorou. O autor indica que enfrentou um período longo para se reconhecer como poeta por causa da falta de rotina. “Comecei a pensar: o poeta é o que escreve ou o que é lido? E veio então esse novo sentimento de compartilhar o que eu escrevia”, lembra. Após tentativa com uma editora, o projeto foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, por meio da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor).
O evento de divulgação acontece nesta quinta-feira, 28, às 20 horas, nas redes sociais do Centro Cultural Belchior. Após a ação, o livro estará disponível para compra na Livraria Lamarca. Também será possível adquirir um exemplar por meio do contato pelas redes sociais de Diego Gregório (@livro_do_diego).
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