Destaques | Jeozadaque | 14/08/2009 16h55

Poeta sul-mato-grossense ganha concurso nacional de poesias

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Após muita votação, horas de espera e nervosismo, os jurados do concurso nacional de poesias “Talentos” divulgaram os três ganhadores, sendo que o primeiro lugar ficou para o jovem sul-mato-grossense “Ivan Marinho de Souza” de 22 anos. O poeta estava concorrendo com a poesia “As últimas horas do Galo José”, que narrava as atividades de um galo durante um dia. Ao final da obra, o galo passa por uma maratona de serviços e não se levanta no dia seguinte para dar continuidade à vida. Ainda emocionado, o poeta falou com exclusividade ao site de cultura regional “Ensaio Geral” e disse que sua intenção não era ganhar o concurso apenas mostrar seu trabalho, “Estou muito feliz. Eu não esperava ganhar, entrei no concurso apenas divulgar meu trabalho”, diz Ivan. Com apenas 10 anos Ivan já havia escrito sua primeira poesia, que foi feita como um presente para os pais. Este foi o primeiro concurso que o poeta participa e após ganhar o prêmio de R$ 5 mil reais deixa um recado para aqueles que o apoiaram, “Eu quero agradecer a todos que torceram e que votaram na minha poesia, pois ajudou na hora dos jurados darem as notas. Eu quero dizer que entrei neste concurso para divulgar meu trabalho e mostrar para o povo que a cultura é algo essencial e que a poesia faz parte do ser humano”, finaliza o poeta. O segundo lugar ficou para o paraibano Odir Milanez da Cunha, 53 anos, que concorreu com a poesia “Remorsos”, e o terceiro lugar ficou com o poeta “Paschoal Di Ciero Filho”, 66 anos, com a poesia “Vampiro”. Os contemplados em segundo e terceiro lugar receberão o prêmio de R$ 3 e R$ 1 mil reais. Confira a poesia de Ivan Marinho de Souza As últimas horas do Galo José Às cinco horas da matina O Galo José afinou o gogó Para entoar um sol sustenido Às onze horas do almoço Alongou as afiadas esporas Para disputar a pipoca de cada dia Às quatro horas da tarde Desfilou pelo terreno da Carijó Para mostrar quem era o "bom de bico" Às sete horas do jantar Tomou um rápido banho de lua Para ir ciscar nos braços de Morfeu À meia-noite dos lobisomens Buscou um galho mais seguro Para não virar despacho de encruzilhada Às cinco horas da matina O Galo José não afinou o gogó Mas as últimas horas valeram à pena Foto: Divulgação Por Luciana Navarro

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