Artes | Da Redação/Com Assessoria | 21/10/2013 11h56

Mostra relembra artistas plásticos que marcaram história do Estado

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Celebrando os 36 anos de criação do Estado, a Fundação de Cultura inaugura no dia 24 de outubro (quinta-feira), às 19h30, na Galeria do Memorial da Cultura a exposição “In Memorian” com obras de artistas que marcaram a história das artes plásticas de Mato Grosso do Sul. A mostra faz parte do projeto Território Ocupado e a entrada é franca.

Serão homenageados na exposição Beto Lima, Henrique Spengler, Jorapimo, Lídia Baís Óvini Rosmarinus, Paulo Rigotti, Vânia Pereira e Wega Nery, artistas que atuaram nas artes plásticas antes e depois da divisão do antigo Mato Grosso e criação do estado de Mato Grosso do Sul.

Wega Nery nasceu em Corumbá, mas no inicio dos anos 20 radicou-se em São Paulo. De 1943 a 1945 passou mais de um ano hospitalizada em decorrência de uma série de complicações cirúrgicas. Nesse período começou a desenhar como forma de distração. Na década de 50 participa do Grupo Guanabara. Em 1953, freqüenta o Atelier-Abstração, de Samson Flexor e produz as primeiras pinturas abstratas, de tendência geométrica.

Jorapimo começou a criar sua arte na década de 60 e passou a ser a maior figura da pintura corumbaense. Dedicou sua vida à revelação da flora e fauna pantaneiras, das cenas da vida ribeirinha e do casario do porto de Corumbá.

Em Campo Grande se registra a mais interessante figura feminina nas artes plásticas sul-mato-grossenses: Lídia Baís (1901-1985). Pintora e desenhista, iniciou seus estudos com Henrique Bernardelli em 1926. Passou o ano seguinte em viagem pela Europa, permanecendo mais tempo em Berlim e Paris, onde tem contato com Ismael Nery.

Paulo Rigotti, douradense, é um dos mais importantes artistas contemporâneos de Mato Grosso do Sul e deixou um legado de valor inestimável à arte-educação e cultura. Se destacou com quadros-objeto que reaproveitavam sucatas metálicas.

Henrique Spengler foi também um dos mais significativos artistas plásticos desse Estado. Seu tema predileto era inspirado na cultura kadweu. Ele levou para as telas a arte que os nativos originalmente reproduziam em vasos de cerâmica.

Beto Lima, nascido em Campo Mourão (PR, 1963), viveu em Campo Grande a partir dos anos 80. Em 1989 trocou o jornalismo pelas artes plásticas e desde então se dedicou a experimentar e criar variadas técnicas e texturas. Sua criatividade também se estendeu a projetos de cenografia e wearable art.Viajante incansável, recolheu impressões pela Europa e Brasil que depois animam suas telas.

Formada na Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP (São Paulo), Vânia Pereira (1940-2002), através de seu ateliê campo-grandense, foi a maior expoente da gravura, arte pouco divulgada em Mato Grosso do Sul. Realizou uma obra considerável, sendo grande parte dela doada pela família para o acervo do Museu de Arte Contemporânea.

A construção da obra de Óvini Rosmarinus nos remete à expressão muito utilizada por aqueles que se deparam com a estranheza tamanho era o ar de mistério que envolvia o artista. Ovini deixou um legado: seu pensamento ousado, sua força de trabalho atrevido, desprendido.

O Projeto Território Ocupado, da Fundação de Cultura, é uma vitrine tanto para os novos talentos como também para os artistas plásticos já consagrados de Mato Grosso do Sul e de outros estados, possibilitando a troca de idéias e conceitos entre artistas de todo o país.

Serviço: A exposição “In Memorian” será aberta no dia 24 de outubro, às 19h30 e segue até o dia 22 de novembro de 2013 de segunda a sexta, das 7h30 às 17h30. A entrada é franca. A Galeria do Memorial da Cultura fica na Avenida Fernando Correa da Costa, 559, no Centro, Campo Grande.

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