Exposição | Jeozadaque | 06/10/2010 12h35

Exposição registra beleza arquitetônica da antiga Corumbá

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A Corumbá histórica e suas construções arquitetônicas foram a fonte de inspiração para quatro artistas plásticas que desde 2003 vêm produzindo desenhos e telas sobre os traços singulares dessas edificações espalhadas por diversas partes da área central da cidade. A exposição “Linhas do Tempo”, que será aberta esta noite, a partir das 20 horas, no Centro de Convenções, reúne ao todo 60 trabalhos, dos quais 42, trazendo como temática exclusiva o patrimônio arquitetônico. De caráter descritivo, a exposição não serve somente às artes, mas a um registro da história corumbaense como explicou a artista Denise Nascimento. “Optamos por não focar as construções do Porto Geral que já são bem conhecidas. A história também se passa na cidade e tem casas históricas interessantes que fazem parte do contexto de Corumbá e a gente achou interessante registrar”, disse. Léo Giordano lembrou que, nesse intervalo de sete anos, entre 2003 e 2010, quando os desenhos foram produzidos, muitas casas retratadas passaram por mudanças. “Tem casas desenhadas que não existem mais, que foram demolidas, outras mudaram a fachada, outras que as portas e janelas foram lacradas, que estão abandonadas”, lamenta a artista. Para reproduzir os detalhes das construções, as artistas tiveram que ir para a rua onde passaram um bom tempo fazendo algo que o corre-corre do cotidiano não permite ao cidadão. “Cada residência antiga do começo do século passado são verdadeiras obras de arte. A gente fica boba de pensar como naquele tempo a pessoa se atinha em detalhes. A gente encontra guirlandas, teve uma casa que a gente até encontrou dragões no portal de entrada”, contou Léo. Apesar dos desenhos retratarem o requinte de uma época passada, a forma escolhida para reproduzir esses traços valeu-se da tecnologia. Os desenhos foram feitos na técnica do grafite, porém a reprodução dos mesmos, usou a chamada infogravura, com a qual o uso do computador é essencial. “A gente scaneia e tira uma reprodução onde temos números limitados e autenticados. Cada cópia é assim tida como um original”, explicou Denise que lembrou que os trabalhos estarão à venda para quem se interessar. Com Diário Corumbaense

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