Cinema | Aline Brito | 14/07/2021 11h41

Oferecidos de forma gratuita e online mil ingressos para peça "A Peste"

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(Divulgação/Instituto Feliciência)

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O Instituto Feliciência chegou recentemente a 20 mil seguidores no Instagram. Como forma de agradecimento, o instituto decidiu presentear mil seguidores com uma sessão gratuita e online da peça "A Peste", de Albert Camus, nesta quarta (14), às 20h.

Para quem tiver interesse em assistir ao espetáculo, os ingressos poderão ser adquiridos gratuitamente por meio do site da peça no Sympla. A plateia também terá a chance de bater papo ao final das sessões. A Plataforma utilizada será o Zoom, pela Sympla Streaming e a classificação indicativa é de 16 anos.

A peça pode traduzir e fazer refletir o momento em que vivemos. Por isso, ganhou versão online em um formato diferente do feito para os palcos. Feito ao vivo, diretamente da casa do ator Pedro Osório, a montagem ficou enxuta para valorizar o texto e a conexão, mesmo que à distância, com o público.

A Peste

A peça conta a história do principal romance do escritor Albert Camus. Escrita em 1947, A Peste ganhou o prêmio Nobel de Literatura dez anos depois. A adaptação teatral, dirigida por Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia, coloca o ator Pedro Osório em um monólogo sobre a figura e a perspectiva do médico Bernard Rieux.

O texto da peça apresenta um recorte no romance que trata da história de Orã, cidade no litoral da Argélia, infestada por ratos e devastada por um mal súbito, que dizimou sua população. "O texto é como uma vacina, que nos ajuda a enxergar através de uma tragédia ficcional a tragédia na nossa sociedade hoje. Assim podemos impedir e não sucumbir", diz o ator Osório.

Em cenário árido, o médico, enquanto questiona a existência, a individualidade, o coletivo, a solidão, a morte e a resignação passa quase todo o tempo diante de pilhas de carvão. "A Peste reflete sobre a empatia, a prioridade do coletivo e a existência colocada como prioridade em contraponto ao indivíduo egoísta, em um estado febril dentro de uma sociedade doente. O personagem não é um herói, mas um homem que acha a saída através do trabalho cotidiano e honesto", conclui o ator.