O Armazém Cultural foi interditado pelo Corpo de Bombeiros no dia 4 de março depois de uma vistoria técnica que detectou que o município não fez adequações exigidas em lei estadual para segurança das pessoas e do próprio prédio. O município já havia sido notificado no ano passado, mas não tomou providências. O tema foi discutido pelo vereador Eduardo Romero (Rede Sustentabilidade), durante a sessão desta terça-feira, 8.

Além de lamentar o fato de o município ignorar uma lei estadual, notificação e multa aplicada pelo Corpo de Bombeiros, Eduardo Romero destaca que estava programada para começar hoje até o dia 13 uma feira com produções de mais de 100 artesãos. Surpreendidos com a interdição do Armazém Cultural, eles estão sem local para expor e vender seus produtos.

Artesãos procuraram o gabinete do vereador Eduardo Romero no início da semana relatando o drama de ter produzido dezenas de peças, ter investido na compra de materiais, inclusive terem repassado para a prefeitura aproximadamente R$ 1500 a título de manutenção e agora estão sem onde vender porque município sequer ofereceu outra opção pra eles.

‘O Armazém é um espaço de eventos muito importante para a cultura da cidade. Nos assusta muito este tipo de interdição, uma vez que outros prédios públicos também foram interditados pelo mesmo motivo como a Central de Atendimento ao Cidadão e o Parque Airton Senna’, destaca o vereador.

Em novembro do ano passado o Corpo de Bombeiros fez uma vistoria técnica a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), onde foram detectados vários problemas e itens de segurança ausentes, ou seja, prédio em desconformidade com a lei estadual 4.335 de 10 de abril de 2012, que instituiu o Código de Segurança contra Incêndio, Pânico e outros Riscos. Foi emitida uma notificação e multa.

Em 4 de março deste ano o Corpo de Bombeiros fez nova vistoria técnica e foi verificado que nenhuma das exigências feitas em novembro do ano passado foi cumprida. Nova multa foi aplicada e o prédio interditado até que tudo seja sanado.