Artesanato | Da redação | 19/07/2016 11h02

Detentas de Jateí aprendem técnica de artesanato com palha de taboa

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No Estabelecimento Penal Feminino “Luís Pereira da Silva”, em Jateí, o artesanato com palha de taboa está gerando expectativa de rendimentos e pode ser opção de recomeço para mulheres que estão momentaneamente com sua liberdade cerceada. A atividade foi iniciada recentemente no presídio, por meio de uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e o Sindicato Rural Patronal, que possibilitou a capacitação das reeducandas, através do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

O curso teve carga horária de 80 horas/aula e foi finalizado no início deste mês. Segundo a artesã Barbara Eunice Gomes, instrutora do Senar, as reeducandas aprenderam como utilizar a planta por meio da técnica de retirada de folhas, secagem, utilização e preparação das fibras e de trançados. No total, 15 reeducandas foram capacitadas.

Usada como matéria-prima no artesanato ecologicamente correto, a taboa é uma planta aquática, típica de brejos, rios e açudes e tem uma fibra durável e resistente. Com ela podem ser feitas bolsas, caixas e até móveis. Sua utilização, além de gerar renda, também ajuda no controle vegetal, contribuindo para o meio ambiente.

O desafio, agora, segundo a diretora da unidade penal, Solange Pereira da Silva, é manter a aplicação do conhecimento adquirido em ações práticas, mesmo dentro do presídio. “Assim como buscamos fazer com os demais artesanatos e com os crochês que elas confeccionam, pretendemos levar as peças em taboa para serrem expostas e vendidas em feiras aqui no município e em toda a região”, informa.

Para a diretora, a formação profissional e o trabalho são métodos eficazes para ressocializar as mulheres encarceradas, já que a maior parte delas, depois de sair da prisão, enfrenta a falta de estudo e o preconceito para conseguir uma vaga no mercado de trabalho. “Com a realização de mais um curso profissionalizante, esta unidade tem procurado cumprir o objetivo de promover ações de capacitação e reintegração das reeducandas à sociedade”, enfatiza.

Segundo o diretor-presidente da Agepen,Ailton Stropa Garcia, os trabalho e empenho dos diretores das unidades prisionais, e suas equipes, têm sido importante fator na busca de parcerias que preparam os custodiados para a vida em liberdade. “No caso específico da unidade de Jateí, a diretora e os servidores conseguem implementar esse importante curso, servindo-se do Sindicato Rural e do Senar, que têm contribuído com cursos em diversos outros presídios”, finaliza.

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