Comemorado nacionalmente em 29 de janeiro, o dia de combate a transfobia ou Dia Nacional da Visibilidade Trans foi celebrado em Dourados, na quarta-feira, com uma roda de conversa na Casa dos Conselhos. A atividade foi coordenada por Claudia Assunção, responsável pela articulação e debates, em nível municipal, das pautas LGBTQI+.

A roda de conversa envolveu diversos atores sociais e contou, inclusive, com a presença da secretária municipal de Assistência Social, Maria Fatima Silveira de Alencar, que ressaltou a importância do tema ser discutido com diversos atores da rede socioassistencial, principalmente com a população LGBT, “pois esses segmentos são diretamente ligados ao atendimento à população trans e outras orientações sexuais”. A coordenadora de políticas públicas para as mulheres, Sônia Pimentel, também participou da reunião.

No debate destacaram-se alguns avanços na garantia de direitos dessa população, como, por exemplo, os atendimentos na área da saúde e o uso do nome civil em cartório. Conclui-se, contudo, que existem ainda diversas políticas sociais que não asseguram direitos a essa população por justamente não comporem banco de dados de estatísticas oficiais. Apurou-se também que ainda que existam dados que apontem sobre a violência praticada contra a população trans, no país pouco se construiu como instrumento de combate a estas práticas.

De acordo com a secretária Fátima Alencar, é neste sentido que se pretende dar ênfase ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, como resposta ao crescimento das violências motivadas pela LGBTfobia, sendo que o Brasil é país que mais mata a população LGBTQI+ no mundo. “Parabenizamos e incentivamos iniciativas de combate à violência e a criação de leis que atendam a demandas reais dessa população que sofre pela injustiça social no nosso país”, afirmou.