Faleceu na manhã da última quinta-feira (16), a cantora Delinha, aos 85 anos, também conhecida pelo título de “Dama do Rasquedo”. A artista é um dos maiores nomes da música sul-mato-grossense, com mais de 60 anos de carreira. Ao lado de seu esposo, Délio José Pompeu, gravaram 32 títulos entre LP's, DVD’s, CD's e compactos.

Natural da cidade de Maracaju, Delinha se mudou para Campo Grande aos oito anos de idade. O primeiro contato com a música veio por influência de sua mãe, que a fez entrar no coral da Igreja Perpétuo Socorro. Aos 19 anos, ficou noiva de seu primo Délio, marido e parceiro musical por mais de 50 anos. 

A dupla era conhecida nacionalmente como o “Casal de Onças do Mato Grosso”, título adquirido antes da divisão dos estados. Juntos eles tinham a arte de fazer música, misturando diversos estilos musicais tradicionais, entre eles, Maxixe, a Cana Verde, o Arrasta-pé e o Rasqueado. 

Na década de 60, após 25 anos de casados, o casal resolveu se separar. Retornaram a trabalhar juntos em 1978, quando lançaram “O Sol e a Lua”, um dos maiores sucessos de suas carreiras. Ainda com a separação, os dois continuaram a fazer algumas apresentações em dupla.

Em 2007, veio a comemoração dos 50 anos de carreira, com o lançamento do CD e DVD que continha as grandes composições, a trajetória dos dois, fotos e depoimentos de amigos. 

Délio José, faleceu poucos anos depois, aos 84 anos de idade, no ano de 2010, vítima de um câncer de pulmão. Delinha tinha permanecido com a carreira solo. 

A dupla Délio e Delinha expressam o lado mais puro da música sul-mato-grossense. A essência raiz de grandes compositores da arte romântica, poética e memorável. Suas composições ficarão como recordação de uma história que jamais será esquecida.