Tremembé é baseada em fatos reais?
Desde que estreou, Tremembé, do Prime Video, levantou uma dúvida entre os espectadores: até que ponto a história mostrada na tela é real? Ambientada no Complexo Penitenciário de Tremembé, conhecido como o “presídio dos famosos”, a produção retrata a convivência entre alguns dos criminosos mais notórios do país.
Com uma estética de drama carcerário e foco nas dinâmicas de poder dentro da prisão, a série busca retratar a realidade dos bastidores da unidade prisional mais midiática do país. Mas, como toda adaptação inspirada em fatos reais, parte do que é mostrado passou por ajustes e escolhas dramáticas.
A base real de Tremembé
A série é inspirada em dois livros do jornalista Ulisses Campbell: Suzane: Assassina e Manipuladora (2020) e Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido (2021). As obras nasceram de uma extensa investigação conduzida pelo autor dentro e fora do presídio, com entrevistas, depoimentos de funcionários e detentos e acesso a documentos oficiais.
Segundo Campbell, a maior parte dos acontecimentos retratados em Tremembé aconteceu de fato, inclusive os mais chocantes. Em entrevista, o jornalista reforçou que “as coisas mais absurdas que estão na série aconteceram de verdade”, e revelou que o roteiro passou por consultoria jurídica antes de ser aprovado pela Prime Video e pela produtora Paranoid.
O que é real na série
Diversos acontecimentos e relacionamentos exibidos em Tremembé têm base na realidade. A transferência de Suzane von Richthofen para o presídio, por exemplo, realmente ocorreu após uma rebelião que colocou sua segurança em risco. A série também mostra seu envolvimento com Elize Matsunaga e Sandrão, amizade e romance que realmente existiram dentro da prisão.
Além disso, o programa recria a entrevista de Suzane com o apresentador Gugu Liberato, evento que de fato aconteceu. Outros detalhes, como o trabalho de Suzane na costura da prisão, sua conversão religiosa e o relacionamento com Rogério Olberg (vivido por Vinícius de Oliveira na série), também são fiéis aos relatos documentados por Campbell.
Entre os presos da ala masculina, há ainda a presença de Roger Abdelmassih, os irmãos Cravinhos, Alexandre Nardoni e Lindemberg Farias, todos representados a partir de situações reais. O caso de Abdelmassih, por exemplo, inclui sua tentativa de enganar a Justiça fingindo doença para conseguir transferência hospitalar, um fato comprovado e registrado nos autos.
As adaptações e liberdades criativas
Apesar da forte base factual, Tremembé não é uma reprodução literal da realidade. A diretora Vera Egito, responsável pela adaptação dos livros e pela direção geral, explicou que a ficção entra “para organizar os eventos reais em uma linha dramática”. Isso significa que a série altera a ordem dos fatos, cria diálogos ficcionais e modifica nomes de alguns personagens por questões legais ou narrativas.
Exemplos disso são o relacionamento entre os irmãos Cravinhos e seus parceiros, que foi adaptado com nomes diferentes e encontros dramatizados, e o triângulo amoroso entre Suzane, Sandrão e Elize, que, embora tenha acontecido, é retratado de forma condensada para dar fluidez à narrativa.
A recriação dos crimes mais conhecidos
As cenas que reconstroem os assassinatos de maior repercussão — como o caso Richthofen, o crime dos Nardoni, o homicídio de Marcos Matsunaga e os abusos cometidos por Roger Abdelmassih — são todas baseadas em depoimentos e documentos reais. Essas passagens foram recriadas com fidelidade estética e jurídica, mas ajustadas para o formato audiovisual.
A produção buscou equilíbrio entre veracidade e impacto, mantendo o tom documental enquanto entrega a intensidade dramática exigida por uma série ficcional. Essa abordagem ajuda o público a compreender os bastidores de crimes que marcaram o país sem transformar o sofrimento real em mero entretenimento.
Verdade e ficção dentro do presídio
A linha entre realidade e invenção em Tremembé é propositalmente tênue. A série parte de fatos concretos, mas utiliza a ficção para preencher lacunas e conectar histórias paralelas. Essa estratégia reforça a ideia de que o presídio é um microcosmo da sociedade, um lugar onde as relações humanas, mesmo em meio à brutalidade, seguem cheias de disputa, poder e manipulação.
Mais do que um retrato fiel, Tremembé funciona como um retrato simbólico de um país que transforma criminosos em figuras públicas e transforma o cárcere em palco para dramas reais.
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