Geral | Da redação | 16/11/2016 13h26

Siriri reúne apreciadores da cultura popular no Porto Geral

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A apresentação de um dos mais representativos patrimônios imateriais de Mato Grosso do Sul, a dança do Siriri, encerrou a oficina de viola de cocho realizada no Iphan – MS, na sede de Corumbá, na tarde de hoje (14), durante o 13º Festival América do Sul Pantanal. A brincadeira folclórica reuniu a miscigenação brasileira com dançarinos indígenas, negros e brancos. Bonito de se ver.

O bailado acontecia ao som da viola de cocho que vem sempre acompanhado do ganzá (mais conhecido como reco-reco) e do mocho, um instrumento de percussão estruturado em um banquinho forrado com coro de boi. Mas o que contagia mesmo, é a alegria que vinha dos participantes, os amantes desta manifestação cultural tão genuína das terras do pantanal. Talento de gente simples que encanta as pessoas por ter orgulho de suas raízes.

“Cada músico que toca a viola de cocho, toca com um ritmo diferente. Quando reunimos os grupos que dançam o siriri, cada um está acostumado dançar num ritmo. Então temos que ensaiar bastante porque temos que fazer todo mundo dançar do mesmo jeito”, explicou o mestre tocador da viola de cocho, Sebastião de Souza Brandão.

Everaldo dos Santos Gomes, 32 anos, acompanha seu Sebastião tocando o ganzá. Ele aprendeu a fazer a viola de cocho em 2003 e se encantou com o instrumento e a cultura que o acompanha. “Eu fiquei curioso em saber como poderia sair um som de um tronco de madeira. Antigamente esses conhecimentos da viola de cocho e do siriri passavam de pai para filho. Mas agora todo mundo tem oportunidade de aprender a fazer a viola de cocho e a dançar”,comemorou o artesão.

A professora de dança, Carmen Lígia Palhano, também fez o curso para aprender Siriri. E não parou mais de dançá-lo. “Esta é uma cultura popular rica demais. Há 14 anos aprendi essa brincadeira, essa dança folclórica e ela virou minha maior paixão”, finalizou.

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