Geral | Da Redação/Com Ministério da Cultura | 04/11/2015 11h30

Seminário aprofunda relação entre Cultura e Cidades

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A relação entre cultura e cidade será tema de debate nesta quarta-feira (4), em São Paulo, durante seminário do Programa Cultura e Pensamento, desenvolvido pela Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC) em parceria com a Fundação Casa de Rui Barbosa. O evento terá entre os participantes o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o secretário de Políticas Culturais do MinC, Guilherme Varella, e a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado.

O encontro se divide em duas partes. Ao longo do dia, a relação entre cultura e cidades será tema de debates no Centro Cultural São Paulo. Às 10h, será realizada a Mesa O Direito à Cidade como Direito Cultural, com a participação do secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Fernando Mello Franco, do arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/USP Guilherme Wisnik, da antropóloga e professora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia/UFRJ Regina Novaes e do publicitário e ativista do movimento #OcupeEstelita Sérgio Urt. A mediação será da diretora de Empreendedorismo, Gestão e Inovação do MinC, Georgia Nicolau.

A partir das 14h, será realizado o debate Cultura e Cidade: a construção de outro imaginário urbano. Além de Juca Ferreira, Fernando Haddad, Guilherme Varella e Jurema Machado, também participarão a psicanalista, pesquisadora e ex-integrante da Comissão Nacional da Verdade Maria Rita Kehl, e o urbanista e professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional/UFRJ Carlos Wainer. O secretário municipal de Cultura de São Paulo, Nabil Bonduki, será o mediador.

Às 18h, na Vila Itororó, o Ministério da Cultura se encontra com movimentos sociais para o debate A cidade que queremos é a cidade que quisermos?. Será um primeiro momento de discussão com os representantes desses grupos para tratar da democratização do uso das cidades. Entre os temas a serem discutidos estão ocupações do espaço urbano, planejamento urbano, mobilidade, projetos de revitalização e o valor simbólico da cultura nesse ambiente. 

Para o secretário Guilherme Varella, a explosão urbana dos últimos anos no mundo traz a questão de cultura e cidades para o centro da agenda política e social contemporânea.  O secretário assinala que as cidades, mais do que nunca, se tornaram espaços e objetos de disputas que dizem respeito ao uso e apropriação do coletivo. 

"Essas disputas têm seu desdobramento nas concepções, projetos e políticas públicas urbanas, assim como nas formas e dimensões materiais e simbólicas de apropriação do ambiente construído", pondera. "Mas elas são também o lugar de novas e múltiplas culturas emergentes, que, às margens de uma globalização homogenizadora, constroem novas identidades e questionam violências, segregações e discriminações", afirma Varella. 

Novo imaginário urbano - Ao lançar o eixo Cultura e Cidades, por meio do seu Programa Cultura e Pensamento, o seminário pretende construir uma agenda que oriente um diálogo dos que olham para a cidade como campo da cultura e os que reconhecem a cultura como realidade urbana. 

Na visão do MinC, é preciso discutir com o poder público, meios acadêmicos e movimentos sociais o papel da cultura como vetor de construção do novo imaginário urbano, como produtora de símbolos e valores para as cidades do futuro. Para o Ministério, tem que se pensar em uma nova compreensão das cidades que vá além de meros espaços habitacionais. 

Ao se referir ao tema do evento, o secretário Guilherme Varella aproveita para fazer uma analogia entre Cultura e Cidades. "Como a cidade, a cultura também existe como campo de batalha, com disputas que podem levar à mudança social ou à simples reprodução de padrões dominantes, que envolvem exploração, opressão, discriminação, segregação, violência  e controle político", ressalta Guilherme Varella. 

"No campo da cultura, estão em jogo relações complexas, não lineares, entre pensamento critico e senso comum, entre tradição e modernidade, entre esfera pública e esfera privada. Essas batalhas se atualizam e se projetam nos espaços urbanos", complementa o secretário. 

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