Geral | com observatorio do cinema | 08/06/2024 08h00

Netflix tem outro filme perfeito para quem viu Hitler e o Nazismo

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Conversando com um Serial Killer: O Palhaço Assassino do diretor Joe Berlinger, que está na Netflix mostra que por trás do sorriso de um palhaço de meio período, esconde-se a escuridão de um assassino em série sádico que se aproxima dos vulneráveis.

Depois de uma temporada dedicada ao infame serial killer Ted Bundy, Conversando com um Assassino retorna com uma nova e perturbadora história. Desta vez, a série documental se aprofunda no caso de John Wayne Gacy, mais conhecido como o “palhaço assassino”.

A produção traça um histórico cronológico do perfil de Gacy, explorando os detalhes de sua vida e crimes. A equipe de produção teve acesso exclusivo a mais de 60 horas de gravações de conversas com o assassino, material que nunca havia sido disponibilizado ao público até então.

Durante a década de 1970, John Wayne Gacy assassinou 33 jovens homens, enterrando os corpos em um pequeno espaço sob sua casa, localizada no subúrbio de Chicago. As conversas recuperadas para a série revelam Gacy revisitando seus crimes, detalhando o julgamento e compartilhando seu estado mental após a resolução do caso.

Além dos relatos chocantes de Gacy, a série busca contextualizar como a cultura e as circunstâncias sociais da década de 70 permitiram que ele permanecesse impune e irrastreável por tanto tempo. Os episódios analisam as falhas nos sistemas de justiça e policiamento da época, que contribuíram para que Gacy continuasse sua onda de assassinatos sem ser detectado.

Conversando com um Serial Killer: O Palhaço Assassino não apenas apresenta um retrato íntimo e aterrorizante de um dos assassinos mais notórios da história, mas também levanta questões sobre a vulnerabilidade das vítimas e os desafios enfrentados pela sociedade na identificação e captura de criminosos em série. Com relatos impactantes e uma análise profunda do contexto histórico, a série promete ser um exame meticuloso e revelador das mentes perturbadas por trás dos crimes mais horrendos.

O palhaço matou 33 adolescentes em 1970
A maioria das vítimas eram adolescentes gays, mas a sexualidade não era algo imperativo nas escolhas de Gacy. Alguns meninos eram levados para sua casa forçadamente ou depois de John fingir que era policial, obrigando os jovens a entrarem no seu carro. Outros eram garotos de programa.

Algumas pessoas entravam em sua casa por meio de apresentações feitas por amigos. Após alguns drinks e conversas descontraídas, Gacy surpreendia suas vítimas, imobilizando-as com algemas e insinuando brincadeiras sexuais, que culminavam em tortura e morte.

Foram encontrados 26 corpos entre o vão e o assoalho da casa. Outros três estavam espalhados ao longo da propriedade. Além disso, mais quatro corpos foram jogados no rio Des Plaines, incluindo o do adolescente Robert Piest, onde a investigação da polícia teve início.

Muito se discute sobre a demora para os crimes de John Wayne Gacy serem percebidos. No entanto, ao considerarmos a década de 1970, percebemos que as tecnologias utilizadas atualmente não existiam e os recursos eram escassos. Por isso, muitas histórias de serial killers demoraram tantos anos para serem resolvidas.

também havia o tabu de falar sobre relações sexuais entre homens, especialmente em conversas entre vítima e polícia. Além disso, Gacy se passava por policial e ameaçava matar quem o denunciasse. Esse cenário, aliado aos poucos recursos disponíveis na época, contribuiu para que John pudesse cometer seus crimes impunemente.

Pagando pelos crimes
Apesar de sua defesa se basear na alegação de insanidade, John Wayne Gacy foi condenado pelos 33 assassinatos cometidos. Ele recebeu a sentença de morte em março de 1980 por 12 crimes e passou 14 anos no corredor da morte, até ser executado por injeção letal em maio de 1994.

A casa onde as 26 vítimas foram encontradas foi demolida. Dessas vítimas, oito identidades não puderam ser reconhecidas até 2010, quando o caso foi reaberto para a realização de testes de DNA. Duas pessoas foram identificadas após os testes: William George Bundy, de 19 anos, identificado em 2010, e Jimmy Haakenson, identificado em 2017.

A última vítima de Gacy a ter sua identidade revelada foi em 2021. Wayne Alexander, com cerca de 20 anos na época, foi uma das vítimas capturadas por John Wayne Gacy.

No cinema, a figura macabra do Palhaço Assassino foi retratada em personagens icônicos e vilões clássicos, como nos filmes IT: Uma Obra Prima do Medo (1990) e Coringa (2019).

Na televisão, a série American Horror Story (2011-presente) apresentou em sua quarta temporada, intitulada Freak Show, o personagem Twisty, um palhaço violento interpretado por John Carroll Lynch.

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