Geral | Da Redação/Com Ministério da Cultura | 14/10/2015 23h32

Documentos também são patrimônio

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Imagens do Rio de Janeiro datadas de 1900 a 1950 e captadas pelas lentes da própria prefeitura do então Distrito Federal. Os registros fotográficos - e alguns negativos -mostram as principais intervenções urbanas sofridas na cidade. Entre elas, a reforma Pereira Passos, no início do século XX, as transformações de Carlos Sampaio, como o desmonte do morro do Castelo, considerado por muitos como um empecilho a ventilação e saneamento da cidade, e a abertura de grandes avenidas, como a Presidente Vargas. 

Os Registros Fotográficos Oficiais das Intervenções Urbanas na Cidade do Rio de Janeiro (1900-1950), apresentados pelo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, foi um dos documentos inscritos no Registro Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco. A lista com os 10 nominados, selecionados do edital de 2015, foi publicada, nesta quarta-feira (14), no Diário Oficial da União.

Avenida Rio Branco localizada no Centro do Rio de Janeiro com o Teatro Municipal ao centro. (Foto: Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro) O Programa Memória do Mundo, criado em 1992, é uma iniciativa  da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), e reconhece documentos, arquivos e bibliotecas de grande valor internacional, regional e nacional. Entre os objetivos da iniciativa estão os de preservar e difundir esse acervo e impedir que o patrimônio da humanidade seja esquecido.

Além dos registros fotográficos, outros documentos históricos foram selecionados. Partituras - Obras de Heitor Villa-Lobos (1901-1959), apresentadas pelo Museu Villa-Lobos; arquivo pessoal da artista Rubens Gerchman e a Produção Intelectual da Igreja Positivista do Brasil, apresentado pela Igreja Positivista do Brasil (IPB) são outros exemplos.

Decisões judiciais que marcaram época, como a caminhada do Poder Judiciário no reconhecimento de direitos sociais aos homossexuais, apresentado pela Justiça Federal de 1º Grau no Rio Grande do Sul -Seção Judiciária do RS (SJRS) também foram selecionadas no Programa. 

História - A iniciativa reconhece patrimônios documentais com relevância internacional, regional e nacional. Além de realizar registro com certificado, o programa facilita o acesso e preservação desse tipo de patrimônio.

Em setembro de 2004, o Ministério da Cultura criou o Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco – MOW Brasil. Desde seu funcionamento oficial, em 2007, lançou diversos editais que resultaram em acervos documentais nominados.

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