Exposição | Da Redação/Com Assessoria | 14/06/2013 15h10

Sesc Dourados recebe exposição de Carlos Vergara a partir de hoje

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Ontem, dia 13 de junho, o Sesc (Serviço Social do Comércio), unidade de Dourados promoveu palestra gratuita com o artista plástico Carlos Vergara no Teatro Municipal, às 20 horas. Na sequência, às 21h30, na sala de exposições no prédio da Pró-Reitoria da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), foi oferecido coquetel de abertura da exposição “Carlos Vergara – Viajante – Experiências de São Miguel das Missões” e faz parte do projeto Arte Sesc.

A Mostra estará aberta ao público a partir desta sexta-feira, dia 14 de junho, até o dia 04 de agosto na sala de exposições no prédio da Pró-Reitoria da UFGD. A visitação poderá ser feita de segunda a sexta-feira das 8 às 12 e das 13 às 18 horas.

A Mostra será oportunidade para a classe artística e o público em geral terem contato com o artista que participou de importantes momentos da cultura como a bienal de São Paulo, em 1963, a bienal de Veneza, na década de 80 e que foi discípulo nomes como Hélio Oiticica e Iberê Camargo.

A obra de Carlos Vergara alterna abordagens abstratas e figurativas. Usando prioritariamente suportes como a pintura e a fotografia, intercalados por algumas experiências em cinema, o artista dedica-se desde os anos 1960 a registrar manifestações culturais, paisagens, cores, texturas, técnicas e matérias do Brasil, especialmente do Rio de Janeiro. Outro momento importante foi a série Monotipia do Pantanal, lançada pelo artista entre 1996 e 1997, que marcou a transição da figuração para o trabalho com obras abstratas.

A exposição “Carlos Vergara – Viajante” foi produzida em 2008 e registra impressões do artista sobre a construção da cidade de São Miguel das Missões (RS), depois de visitas às ruínas de missões jesuíticas no Sul do Brasil. Uma mostra com valor histórico, político, geográfico, arquitetônico e religioso.

Carlos Vergara produz monotipias ( impressões experimentais irreplicáveis ) que registram instantes de perplexidade e comunhão com todos os impulsos sensíveis que ainda habitam as ruínas - o céu imensamente azul, a luz produzindo a cada momento uma nova configuração de formas e as sombras entre arquitetura e paisagem, o vento e o canto dos pássaros. Eclosão multissensorial do lugar que desafia o artista, como o infinito ao físico-matemático.

Ali o artista reconhece a imensidão cósmica e a efêmera passagem humana, onde o tempo natural permanece como guardião de outro tempo da eternidade das memórias ou das fronteiras visíveis e invisíveis das construções e dos sonhos humanos, Esse é o grau de responsabilidade e potência poética com a qual o artista viajante - Vergara - joga com a razão da arte e a intuição da existência.

A conquista da síntese é evocada em cada obra como pensamento de um missionário transtemporal e transcultural, cuja vontade ( ou missão comunicativa é despertar a mente e o coração para reflexões sobre a história dos lugares de esperança de como vivermos juntos. Vergara, em suas viagens, vem afirmando o interesse por esses lugares onde a história concreta do passado se projeto para o futuro - Hoje. O artista, antes de tudo, trabalho com o o presente ( como é o caso dos Sete Povos das Missões), realizando uma arqueologia de visões imaginárias utópicas, inspiradas na confluência entre esforços de indivíduos e o fenômeno da união de vontades construtivas coletivas.

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