Exposição | Da Redação/Com FCMS | 16/04/2015 12h57

Marco inaugura temporada de exposições

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A 1ª Temporada de Exposições 2015 do Museu de Arte Contemporânea (Marco),foi inaugurada na noite desta terça-feira (14), pela Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) e estará aberta à visitação até o dia 16 de junho, com as obras “Colagens Musicais” – xilogravuras e colagens do artista plástico André de Miranda (RJ), “Comitiva Contemporânea” – cerâmicas da artista plástica Buga (MS), “Terra” – fotografias de Sebastião Salgado (MG) e “Sublimação” – impressão sublimática sobre azulejo do artista plástico Wagner Thomaz (MS) apresentarão ao público impressões de artistas reconhecidos nacionalmente.

Marcaram presença o secretário Athayde Nery, Andréa Freire, secretária adjunta da Sectei, Nelson Cintra, presidente da Fundação de Turismo do MS (Fundtur), Leonel de Souza Brito, prefeito de Bonito, Bosco Martins, diretor presidente da RTVE e a coordenadora do Marco, Maysa Barros.

“Hoje inauguramos a 1ª Temporada de Exposições do Museu de Arte Contemporânea deste ano, e a primeira do governo de Reinaldo Azambuja e da Sectei, entre tantas outras que haveremos de inaugurar. Fico contente que nesta edição além das obras de renomados artistas da nossa terra, tenha também uma exposição de Sebastião Salgado, mostrando registros importantes de manifestações de trabalhadores, fatos esquecidos no tempo. Que as escolas possam vir cada vez mais até o museu e que cada vez mais a arte se espalhe pelo nosso Estado”, aclamou o secretário Athayde.

As fotografias de Sebastião Salgado em cartaz nesta temporada, narram o massacre de Eldorado dos Carajás (Pará, 1996), em que 155 soldados da polícia militarizada abriram fogo contra uma manifestação de camponeses em protesto aos graves problemas dos trabalhadores do campo e ao atraso legal de expropriação de terras, além do registro de outros conflitos envolvendo o trabalhador. As fotografias fazem parte do acervo da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Adufms).

Além das famosas fotografias, a mostra “Comitiva Contemporânea” com esculturas em argila da artista plástica Buga, de Bonito, também impressionou muita gente. A estudante de artes, Mariana Gueder, de 22 anos, contou que ao entrar nesta exposição, conseguir sentir um pouco do que para ela é o Pantanal de Mato Grosso do Sul.

“Até o cheiro aqui lembra o Pantanal, essa trilha, as tábuas de madeira e o vídeo mostrando os pantaneiros tomando o verdadeiro tereré, tudo isso traz lembranças para quem realmente conheceu, a artista está de parabéns”, elogiou a estudante.

Utilizando-se de utensílios de uso doméstico como facas, agulhas de crochê, rolos, tábua de madeira e argila que ela mesma produz, ralando e derretendo tijolos não queimados, Buga transportou a todos pelas estradas e campos sul-mato-grossenses, nos fazendo cruzar com o trabalho árduo do comissário, do ponteiro, dos rebatedores ou dos peões de culatra, fazendo com que arte contemporânea e as tradições coexistam.

Na sala da frente, a exposição do artista plástico carioca André de Miranda apresenta em “Colagens Musicais” os resultados de sua pesquisa e sua incessante busca pelo aprimoramento de sua linguagem: a xilogravura, utilizada durante seus quarenta anos de atividade profissional ininterrupta. Suas obras se utilizam de trechos recortados e colados de suas próprias xilogravuras. Com naturalidade, o artista as aplica com papéis coloridos e partituras recriando provocantes sinfonias, verdadeiras composições visuais.

“De maneira pertinente, a sobreposição a um só tempo ordenada e intuitiva de pedaços irregulares de xilogravura, papéis coloridos e partes de partituras resultam em sonoras imagens nas quais podemos ouvir, tendo como pano de fundo o intenso relacionamento entre as formas em busca de uma ordenação harmônica em contínuo movimento visual”, avalia Ricardo Pereira, professor mestre em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Já “Sublimação”, impressão sublimática sobre azulejo do artista plástico Wagner Thomaz, resgata fragmentos de uma memória urbana em ruínas. A mostra permite vislumbrar o quanto Campo Grande se modificou ao longo de seus 115 anos por variadas intervenções arquitetônicas.
Em sua poética, o artista tem na ruína ferramenta tanto para revelar sua escolha pela técnica quanto o caráter efêmero da vida e a relação estabelecida entre o tempo, a memória e a cidade. Os azulejos, suporte para os trabalhos, remetem à história da arquitetura e de um passado; sublimação, técnica de impressão que tende a desaparecer com o tempo. Tempo, memória e história combinados com universo sensível de criação do artista.

Serviço: A 1ª Temporada de Exposições estará aberta à visitação de terça a sexta, das 12h às 18 horas. Sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h até o dia 16 de junho.

Para mais informações ou agendamento de escolas para a realização de visitas mediadas com as arte educadoras do Programa Educativo, basta ligar no telefone (67) 3326-7449.

O Museu de Arte Contemporânea fica na Rua Antônio Maria Coelho, nº 6000, no Parque das Nações Indígenas. O email é: marco@fcms.ms.gov.br. Visite também o site e a página no facebook: www.marcovirtual.wordpress.com e www.facebook.com/marco.museu.

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