Exposição | Da Redação/Com Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul | 29/05/2012 12h55

Marco abre Temporada de Exposições com mostras de olhares fotográficos

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Mercedes Barros, Marcelo Buainain e Roberto Muller terão fotos expostas no Marco. Mercedes Barros, Marcelo Buainain e Roberto Muller terão fotos expostas no Marco. (Foto: Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul)

A Fundação de Cultura do Governo de Mato Grosso do Sul abre no dia 5 de junho (terça-feira), às 19h30, no Museu de Arte Contemporânea (Marco), a 2ª Temporada de Exposições 2012 com quatro mostras de fotografias dos artistas Mercedes Barros, Marcelo Buainain e Roberto Muller.
 
O fotógrafo e documentarista campo-grandense Marcelo Buainain apresenta na Temporada de Exposições do Marco a mostra de fotos Mi amas Vin, cuja tradução do esperanto significa Eu Te Amo. A exposição capta Salvador, na Bahia, durante a festa de Santa Luzia, padroeira dos olhos.
 
Buainain trocou a carreira de médico para se dedicar inteiramente à fotografia. Sua temática principal são manifestações populares de fé na Índia e no Brasil. No período em que viveu na Europa publicou três livros, foi colaborador da imprensa internacional, realizou exposições e recebeu prêmios de fotografia.
 
Em 2009 foi um dos fotógrafos convidados a compor a mostra coletiva Bressonianas, realizada em São Paulo, em paralelo a uma grande retrospectiva ao consagrado fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson. Em 2011, a revista brasileira Photo Magazine incluiu Buainain entre os dez nomes mais importantes da fotografia brasileira dos últimos dez anos.
 
Na exposição Como uma fotografia, do carioca, Roberto Müller, o universo da fotografia é desvendado, extrapolando os seus limites convencionais, tanto conceitualmente quanto na busca pela contaminação com outros suportes.
 
“Ele é desenvolvido entre o diálogo da fotografia e o objeto construído. Essa troca entre o objeto e a imagem acaba trazendo a tona muitas vezes questionamentos sociais, mostrados ora de forma mais contundente, ora de maneira mais sutil, explorando a antítese existente entre diversos fatos e situações do dia a dia e o objeto. No percurso das obras observamos que elas conversam entre si de forma íntima e nos remete a lembrar de quando víamos imagens numa dimensão tátil”, explica Müller.
 


A mostra Desarrumando o Tempo, de Mercedes de Barros, é a experiência do tempo composta de trabalhos de diversas séries realizadas desde os anos 80. A fotógrafa tira partido da ambiguidade entre o vivido e o manipulado, que nos seus trabalhos é proposital, e posta em evidência pelas técnicas utilizadas, que permitem recortar e colar, definir e desfocar figuras, acontecimentos e paisagens como num quebra-cabeças, estimulando o contraste e a quebra do efeito de real.
 
De Mercedes para Manoel, também da fotógrafa Mercedes de Barros, tem como ponto de partida os poemas de Manoel de Barros, tio da artista, e álbuns de família.  Na transgressão dos limites entre os negativos arquivados e as colagens poéticas, a fotógrafa encontra uma linguagem de ressignificação que lhe permite encompridar os espaços da poesia.
 
Mercedes nasceu no Rio de Janeiro, estudou na Escola de Fotografia de Nova Inglaterra, em Boston (1980-1982) e na School of Visual Arts, de Nova York (1982-1984). Seus trabalhos foram apresentados em várias feiras internacionais de arte, exposições individuais e coletivas.
 
Serviço: A segunda Temporada de Exposições do Marco estará aberta à visitação de terça a sexta, das 12h às 18 horas. Sábados, domingos e feriados, das 14h às 18 horas até o dia 5 de agosto. Outras informações no Museu de Arte Contemporânea que fica na Rua Antônio Maria Coelho, nº 6000, no Parque das Nações Indígenas. Telefone (67) 3326-7449.

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