Manchete | Jeozadaque | 16/10/2009 18h59

Luciane Assalin expõe "Processos" na Biblioteca Pública da Capital

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Lu 061Por centenas de anos a admiração do corpo feminino sofreu diversas alterações, em meados dos séculos XIV e XV, quanto mais gorda fosse a mulher, mais bonita ela era. Já nos dias atuais, a figura feminina é castigada pela imagem da magreza que a sociedade impõe. Pensando nesta transição, a artista plástica Luciane Assalin, criou a exposição “Processos”, que segue aberta ao público até o dia 9 de novembro, na Biblioteca Pública Municipal Anna Luiza Prado Bastos. Durante sua adolescência, Luciane sofreu com assédios por ter um corpo bonito, mas, após o casamento, ganhou alguns quilos e passou a ser vítima outra vez da sociedade. Diante desse impasse, a artista concluiu que a sociedade julga apenas o estado físico da mulher e esquece totalmente da inteligência e outros atributos femininos, reduzindo a imagem da mulher à banalidade. De acordo com Luciane, a exposição foi uma forma da artista desabafar e mostrar para a sociedade que a mulher precisa se impor e mostrar seu real valor. A exposição apresenta sete telas e três estatuetas, que formam o corpo feminino sem a cabeça, pois é como as mulheres estão sendo vistas ultimamente. “Eu quero que as mulheres acordem e não se deixem levar pela imagem que a mídia passa, de que elas devem ser magras e bonitas, na vida real é diferente, não existe ‘photoshop’, nem dinheiro para investir no corpo perfeito”, diz a artista. Em uma das telas, Luciane faz uma comparação com a venda do corpo feminino, em que a pintura traz um ponto de interrogação feito com recorte de anúncios de uma seção de jornal, onde se evidencia a venda do corpo feminino, entre outros. Outras exposições Esta não é a primeira vez que Luciane participa de uma exposição, em agosto deste ano, a artista foi uma das expositoras do “1° Salão de Artes Olhar sobre Campo Grande”. Apesar de não ser uma das premiadas, foi por meio desta participação que Luciane recebeu o convite para expor na Biblioteca Pública da Capital. No Salão de Artes, a artista participou com três telas que traziam o desmatamento e outros aspectos ruins da Capital, mas, após a degradação, a artista retratou um pequeno Ipê florido, representando que no futuro, tudo pode melhorar. Sobre a artista Luciane Assalin, tem 38 anos e é estudante do curso de Artes Visuais, do Instituto de Ensino Superior da Funlec (IESF). A artista se interessou pelas artes plásticas no ano 2000 e começou a ter aulas particulares. Em dois meses, Luciane já apresentava telas que impressionavam sua professora e a cada dia a artista se dedicava mais a arte. Após alguns meses, sua professora mudou-se da Capital e para não abandonar a pintura, Luciane passou a comprar revistas e copiava sozinha os desenhos, até se tornar autoditada. Hoje, a artista cursa o quarto semestre de Artes Visuais, apresenta sua segunda exposição, sendo a primeira individual, e faz planos de um futuro promissor na carreira das artes plásticas. A exposição “Processos” segue aberta ao público até o dia 9 de novembro, na Biblioteca Pública Municipal Anna Luiza Prado Bastos, localizada no interior do Horto Florestal. A entrada é gratuita. Mais informações sobre a arte de Luciane Assalin através do telefone (67) 9217-3575. Foto: Arquivo pessoal de Luciane Assalin Por Luciana Navarro

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