Exposição | Jeozadaque | 04/03/2011 10h04

Exposição Pioneiros é acessada mais de 20 mil vezes em quatro dias

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As fotografias da Exposição Pioneiros foram acessadas mais de 20 mil vezes em apenas quatro dias. Desde que entrou no ar, em 28 de janeiro, a mostra atraiu visitas virtuais de vários estados do Brasil, além de países como Estados Unidos, Ucrânia, Japão, Canadá, Espanha, Itália, Alemanha e Reino Unido. A galeria também chamou a atenção de sites do Brasil inteiro, incluindo de publicações especializadas em estradas de ferro, como Revista Ferroviária, de circulação nacional. As fotografias da exposição virtual Pioneiros foram feitas por Carlos Silva Mattos (1902-1999) com uma câmera Rolleiflex. Ele trabalhou na administração da extinta Ferrovia Noroeste do Brasil, no sul do território do então Mato Grosso unificado, entre Três Lagoas e Corumbá e também no ramal de Campo Grande a Ponta Porã. Sob o olhar de Carlos Silva Mattos, que nasceu em Taubaté (SP) e trabalhou 37 anos na Noroeste do Brasil, a exposição revela relíquias históricas de valor inestimável. As fotos são inéditas. Há registros de estradas sendo preparadas para receber os dormentes, pontes em fase de conclusão, como a que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul, sobre o Rio Paraná e a construção dos prédios da Esplanada da Estação Ferroviária em Campo Grande. Ferrovia - Com 1.622 quilômetros de extensão, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (N.O.B) foi construída na primeira metade do Século XX . Seu traçado também liga a região central do Estado de São Paulo, a partir de Bauru, até a fronteira do Brasil com Bolívia, em Corumbá, Mato Grosso do Sul. A ferrovia faz a integração com a Rede Ferroviária Boliviana, a partir de Corumbá, até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.  A Noroeste também tinha um ramal entre Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, a Ponta Porã, na fronteira do Brasil com o Paraguai. A ideia da linha férrea era retirar do isolamento esta parte do Centro-Oeste brasileiro e interligar Mato Grosso Uno a São Paulo, por Bauru, onde se fazia baldeação com a Estrada de Ferro Sorocabana e também com a Companhia Paulista de Estradas de Ferro. “É lamentável e até revoltante que o fruto do trabalho de milhares de pessoas, como Carlos Silva Mattos, se transformou em um quadro de abandono e decadência atualmente”, diz o jornalista Paulo Renato Coelho Netto. Para o jornalista, no Brasil ainda prevalece a cultura da destruição. “Destruir é muito mais fácil que construir. Existe uma mentalidade predadora vigente no país que faz com que patrimônios como a Noroeste sejam descartados quase que naturalmente”, avalia. O acervo pertence a Carlos Iracy Coelho Netto. Pioneiros apresenta 66 fotografias em preto e branco que foram digitalizadas e restauradas. O apoio cultural é da Clan Color de Campo Grande. A mostra está no site www.paulorenato.net.br Da redação

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