Exposição | Da redação | 13/04/2016 13h47

Centro Cultural recebe “Fragmentos Urbanos” com conceitos e vivências do graffiti

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A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) abre na próxima sexta-feira (15), às 19h30, a exposição “Fragmentos Urbanos”, da Pá de Ideias Clã – (PIC), no Centro Cultural José Octávio Guizzo. A abertura contará com projeção mapeada em partes do graffiti e terá apresentação do grupo de Rap Contra_a Versão, do grupo de street dance FEMME e uma pequena feira de culinária vegana e moda. A exposição fica aberta para visita até dia 15 de maio, de terça a sábado, das 8h às 21h.

A mostra é produzida pelo Coletivo VivaRua, leva para a Galeria Wega Nery, conceitos e vivências do graffiti. A proposta é ocupar as duas paredes da galeria, fixando 24 telas de tamanhos variados, objetos e materiais reaproveitados. As obras expostas serão criadas coletivamente pelos graffiteiros Rafael Mareco, João Rodrigues e Pedro Vasciaveo da Pá de Ideias Clã. O público poderá conferir elementos das ruas; fragmentos do que cada artista de rua vive e absorve da Capital e seu processo criativo, linguagem e técnicas desenvolvidas no conceito de trabalho coletivo que fazem um mix da arte de rua com o audiovisual, pintura, reaproveitamento de objetos e materiais.

“Ao falar de graffiti, não se pode esquecer sua origem: a rua. Arte transgressora e proibida, contracultura, cultura da periferia, o graffiti possui grande potencialidade de comunicação da quebrada e resiste em uma cidade que sonega direito, sonega a voz. Ele ocupa, traz visibilidade, dá voz. Além disso, o graffiti tem um papel de revitalização – dá vida ao que não tem cor”, explicou a produtora da exposição, Lidiane Lima.

No movimento Cultura Urbana, o graffiti se destaca como as artes plásticas das ruas. Ele está incorporado de tal forma na vida urbana que já faz parte da identidade das cidades. Embora autoral, o graffiti é arte intrinsecamente democrática, o desenho fica exposto a toda população sem distinção ou restrição. Nesse sentido, o graffiti humaniza e transforma o espaço urbano. Embeleza ao mesmo tempo em que defronta a cidade e suas contradições, obrigando-a a contemplar suas alegrias e misérias. Projeta imagens dialéticas. Põem na parede vários lados da organização social. E em cada mensagem, a busca pelo direito à cidade.

A PIC – Pá de ideias Clã, é um grupo de graffiteiros atuante no estado de Mato Grosso do Sul há mais de 5 anos, e é composto por Diego Verme, João Rodrigues, Pedro Vasciaveo e Rafael Mareco. Junto com outros artistas e produtores formam o Coletivo VivaRua, onde pessoas de diferentes linguagens da cultura e arte urbana tem a preocupação em desenvolver e difundir seus ideais através de intervenções urbanas, de produtos de arte, moda e design. Propondo o encontro do mundo das ideias, unindo talentos que expressam suas vivências urbanas de forma criativa e coletiva; articulando e fomentando esse movimento cultural através do Rap, Skate, Graffiti e Break.

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