Exposição | Da redação/com FCMS | 08/05/2014 16h47

"Arte-Morfose Ambulante" abre temporada do Centro Cultural

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Campo Grande (MS) – A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul abre na terça-feira (13 de maio), às 19 horas na Galeria Wega Nery do Centro Cultural José Octávio Guizzo a temporada 2014 de exposições com “Arte-Morfose Ambulante”, do artista plástico Abias Filho (in memoriam).
 
Artista plástico e arquiteto, Abias Filho se destacou nas artes plásticas sul-mato-grossenses durante a década de 1980 e início de 1990. Suas obras em acrílico sobre tela, nanquim e aquarela sobre papel, assamblages e desenhos apresentam uma linguagem de símbolos, grafismos, cores alegres, elementos livres, divertidos e lúdicos.
 
Abias Batista Filho nasceu em 1962 em Amambai (MS) e faleceu durante o carnaval de 1991, vítima de afogamento em Piraputanga (MS), deixando sua marca na cultura sul-mato-grossense. Foi homenageado pela cidade de Campo Grande com o seu nome em uma rua na região do bairro Carandá Bosque e também na Praça Abias Filho, também conhecida como Praça dos Arquitetos, localizada na Avenida Fernando Corrêa da Costa esquina com a rua Sebastião Lima.
 
“Ele tinha a intensidade daqueles que mesmo em uma vida breve deixam profundas marcas por onde passam. Não era mais um artista que pinta, desenha, rabisca os mundos, ele era a própria arte: uma arte-morfose ambulante, um performativo constante em sua forma de andar em “des-equilíbrio”, de criar atos de fala, de pensar os desconectos, de amar livremente! Certamente não era um sujeito “normal” e nos confundia entre suas múltiplas performances e identidades, ora como um dos Jedi (Ge-Day) de Star Wars; ora como filho amável; arquiteto, funcionário público ou um artista super profissional que concorreu a editais, salões, prêmios, sendo em muitos deles contemplado”, conta Jacy Corrêa Curado, colecionadora de artes e doutora em Psicologia Social.
 
“Em matéria da Revista Veja, Abias Filho é apresentado como um artista plástico que mistura as cores primárias como Miró, tem a simplicidade de Volpi e utiliza sua técnica para produzir desenhos infantis com tinta acrílica sobre tela (edição 1087, p.75, 12 de julho de 1987). Penso que desenhos não necessariamente infantis, pois suas garatujas já mostravam um misto entre crianças sexuadas, adultos crianças, humanos extraterrestres, o que talvez hoje nomeássemos híbridos ontológicos. Esta exposição é uma singela homenagem ao grande artista”, explica a colecionadora.
 
As exposições da Galeria Wega Nery têm a proposta de divulgar a produção artística contemporânea tanto local como de outros estados, dando visibilidade para artistas iniciantes ou consagrados, que desenvolvam trabalhos em harmonia com as linguagens atuais da arte.
 
Serviço: A exposição apresentará desenhos, colagens e pinturas mostrando um pouco de cada fase da vida do artista e permanece até 30 de junho. Mais informações podem ser obtidas no Centro Cultural José Octávio Guizzo, na rua 26 de Agosto, 453 ou pelo telefone 3317-1795.

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