Exposição | Jeozadaque | 29/02/2012 12h55

Acrissul sugere plebiscito e ameaça: sem shows não tem Expogrande

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Pode até ser um blefe, na tentativa de convencer a Justiça a liberar as apresentações musicais no Parque de Exposições Laucídio Coelho, mas o argumento é forte. “Sem shows, a feira tem prejuízo. Não vale a pena”, justifica. Ontem, o desembargador da 5º câmara civil do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Sidnei Soncine Pimentel, derrubou liminar que autoriza shows na Acrissul. O magistrado considerou que a decisão anterior, com autorização do juiz Amaury da Silva Kuklinski, vai contra ao que já foi acordado em TAC (Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o Ministério Público Estadual. Faltando pouco mais de um mês para a Expogrande, marcada para 12 a 22 de abril, tudo volta à estaca zero, reclama Maia. “Vamos recorrer e tenho fé que em instância superior a gente reverta essa situação. Mas enquanto isso temos de tirar o pé do acelerador”. A Acrissul garante que em um dia de venda aberta para expositores, 30% dos espaços já foram comercializados e 48 leilões já estão marcados. Mesmo assim, pela primeira vez em 74 anos a feira corre risco. “É uma tradição, uma marca de Campo Grande. Mas infelizmente não há como acontecer sem shows”. Na programação, “90% já fechada”, apela Francisco Maia, a Acrissul contava como certas as apresentações de grandes nomes. “Na lista estão Gustavo Lima, Luan Santana, Paula Fernandes, Eduardo Costa, Fernando e Sorocaba, Capital Inicial, Titãs, Fernandinho Gospel e até os palhaços Patati Patatá”, informa o presidente da entidade. Seria a maior grade de shows de todos os tempos, na avaliação dele, para provar de vez a importância cultural da feira. “O investimento é de mais de R$ 2 milhões”. Para não deixar dúvidas sobre o interesse da população, a Acrissul propõe um plebiscito. “Vamos oficializar isso, pergunta para a sociedade o que acha. Tenho certeza que a grande maioria vai votar pela Expogrande”. Enquanto a idéia não vinga, o departamento jurídico vai recorrer com informações complementares. A questão ambiental, pedra no sapato da Acrissul para a realização de shows, não pode ser empecilho, diz Francisco Maia. “A prefeitura já atestou que não há problemas ambientais e o projeto de som que entregamos é o mesmo apresentado pelo Jóquei Clube para o show (Fatboy Slim) que teve lá”. O presidente garante que vai provar que a Acrissul tem “toda a intenção de cumprir o acordo feito com o Ministério Público para evitar transtornos a quem mora na região”. Da Redação/Com Campo Grande News

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