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Culinária | Da redação/com Campo Grande News | 19/08/2014 10h47

Administrador vende queijo de cabra com "flores"

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Campo Grande (MS) - Foi na respiração do ar "puro" de um sítio de Rochedinho que o administrador de empresas e ex-dono de locadoras de vídeo na Capital, Anderson Medeiros, de 37 anos, descobriu o sabor que o queijo feito de leite de cabra pode ter e como transformá-lo até em objeto de decoração de uma mesa usando flores comestíveis.

Há dois anos ele deixou o estresse que tinha na cidade para tocar a vida no sítio. Como já criava cabras, viu nos animais uma alternativa de renda através da venda artesanal dos queijos frescos. Por enquanto o comércio é de boca boca e a clientela mesmo tem sido os amigos de longa data.

Dentro do movimento "slow food", que prima pelo prazer da alimentação dando vez aos produtos artesanais que respeitam o Meio Ambiente e seus produtores e contra à padronização, Anderson trabalha a proposta trazer um pouco para o paladar sul-mato-grossense, a cultura do queijo de cabra, que ainda não é muito comum por aqui. "Se tem um conceito de que o queijo de cabra ou leite tem sabor ou odor forte e desagradável. Isso na verdade tem a ver com o manejo dos animais. Temos uma veterinária que nos orientou em como tem que ser feito isso", explica.

A mudança de vida e de trabalho exigiu estudo. Cursos fora, compra de livros, começar de novo em outro ramo. Num dos materiais que comprou, Anderson viu que entre os 750 tipos de queijo existia um que tornava a produção especial, com flores. "Quando olhei, me chamou atenção e realmente é muito bonito", comenta.

Como não tinha o passo a passo, o modo de fazer foi surgindo a cada tentativa. "Cada dia faço um e espero para ver se a flor não vai murchar", pontua. O queijo fresco com as flores comestíveis ainda está em período de teste para ver se o enfeite dura o mesmo tempo que os 7 dias de validade estipulada.

"Você como com os olhos, serve para decoração de mesa. As flores não influenciam no sabor, elas são dissolvidas e moldadas no queijo. É um trabalho bem artesanal mesmo, de pétala por pétala", detalha. As flores usadas são capuchinhas e pétalas de girassol vermelho e amarelo.

Além deste, são produzidos outros três tipos de queijo, todos frescos. O carro-chefe da produção é o boursin, um tipo de queijo de pasta mole que vai lembrar um cream cheese. "Fazemos eles com vários tipos de ervas, mais elaborado, mas sem nenum conservante", explica Anderson. Este tipo é vendido em potes de 200g e entre as opções de condimentos estão: alho, chimichurri e ervas de provence.

O segundo é o frescal, aquele que se parece com o queijo minas e tem a versão "prensada", onde sai com um formato diferenciado. O mais conhecido é o feta, um tipo de massa mais esfarelada e também mais salgado. "Ele é bom para acompanhar um tipo de prato", comenta Anderson.

Os valores vão de R$ 40 até R$ 50 o quilo. Uma peça do frescal que tem 250g, por exemplo, sai por R$ 10. Os queijos ainda ornam com folhas e frutas, criando pratos coloridos.

Um dos planos futuros de Anderson é implantar um café da manhã no sítio com degustação dos queijos de cabra dentro do turismo rural. "É um projeto que começou agora, estamos mudando a estrutura, mas seria para receber um grupo de 10 a 15 pessoas, uma coisa bem familiar e regional, para provar os queijos e conhecer a criação de cabras", explica.

O sítio é perto da cidade, aproximadamente 20 quilômetros da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). Como o produto é fresco, Anderson só vende a partir de encomendas e para pedir, basta ligar no 9985-4310, o Sítio, chamado Harmonia, também está no Facebook.


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