Parque das Nações Indígenas é refúgio dos campo-grandenses
Criado há 22 anos pelo Governo do Estado, o Parque das Nações Indígenas (PNI) é o maior parque urbano de Mato Grosso do Sul e um dos maiores do país, com 116 hectares. Localizado na região leste de Campo Grande, a poucos minutos do Centro, o parque abre diariamente das 6h às 22h. É um dos locais mais visitados pela população da Capital e por turistas que visitam o Estado – são cerca 2 mil visitantes por dia, com picos de até 8 mil pessoas em feriados e finais de semana. É considerado “refúgio” dos campo-grandenses e um espaço de contemplação da natureza, em pleno ambiente urbano.
A administração e manutenção do Parque é de responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade), por meio do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). No local são realizadas uma série de atividades culturais, desportivas e de lazer pelos parceiros e demais instituições instaladas no local. Dentro da área do Parque funcionam a sede da Fundação de Turismo, o Museu das Culturas Dom Bosco, o Museu de Arte Contemporânea (Marco), a Concha Acústica Helena Meirelles e um destacamento da Polícia Militar. A mais nova atração do local será o Aquário do Pantanal, cuja obra está em fase de conclusão.
Apresentações com músicos sul-mato-grossenses são promovidas regularmente na Concha Acústica pela Fundação de Cultura do Estado, que também realiza atividades lúdicas e oficinas culturais no Marco. Importantes competições esportivas são sediadas dentro das dependências e no entorno do Parque, como o Circuito de Vôlei de Praia, o Torneio de Canoagem e a Volta das Nações.
A prática desportiva e recreativa é outro atrativo do local. A pista de caminhada tem 4,3 km de extensão e em seu percurso os visitantes encontram à disposição duas quadras poliesportivas, pista de skate, equipamentos de ginástica e três parques com brinquedos infantis – um deles, inclusive, com equipamentos adaptados para crianças com deficiência (o primeiro do Estado).
Cada uma das seis entradas (ou portais) do Parque leva o nome de uma etnia indígena de Mato Grosso do Sul, como a Guarani, na Avenida Afonso Pena, e Kadiwéu, na rua Antônio Maria Coelho.
Histórico - O Parque das Nações Indígenas foi criado por meio do Decreto nº 7.354/93, publicado em 17 de agosto de 1993. O local preserva parte da vegetação nativa, formada por árvores frutíferas e ornamentais e de mata ciliar ao longo do córrego Prosa, que corta a extensão do complexo. Aproximadamente 70% da vegetação é composta por gramíneas e árvores ornamentais plantadas em época mais recente.
As próprias características da região onde se localiza o Parque das Nações Indígenas davam indicativos de sua necessidade para o lazer. Áreas vizinhas foram sendo ocupadas, dando lugar a empreendimentos e obras como o Parque dos Poderes, Shopping Campo Grande, Pavilhão de Exposições Albano Franco, e loteamentos residenciais. O entorno do parque foi sendo tomado para a execução de atividades de lazer da população que, com seu comportamento, consolidou a vocação do local.
Devido a sua localização nos limites do Parque Estadual do Prosa, Unidade de Conservação Estadual de Proteção Integral, o PNI pode ser enquadrado também como um Parque de amortecimento, servindo como área de proteção e de mitigação de impactos na porção oeste do Prosa. Por essa razão, o PNI é frequentado por animais silvestres como aves, capivaras, cutias, entre outros.
Como o PNI está localizado ao lado de uma Unidade de Conservação de proteção integral, a presença de animais no parque é natural, bem como o convívio com os frequentadores do local nas diversas atividades que são ali realizadas. Há pouco mais de dois anos, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) deu início ao monitoramento da fauna, flora, usos e estruturas do PNI. O resultado desse trabalho de pesquisa – ainda em fase de conclusão – vai subsidiar a elaboração de um Plano de Ordenamento do Uso e Ocupação do Parque.
Atualmente já são dadas orientações aos visitantes e frequentadores do Parque, por meio de folderes e placas de sinalização, sobre como lidar e conviver de forma harmônica com os animais existentes no local. Além disso, os funcionários do PNI também são orientados a instruir a população.
Todas as atividades que são desenvolvidas no Parque têm de ser autorizadas e agendadas previamente pelo Imasul. Há, inclusive, uma normatização de uso, com as permissões e restrições. Algumas atividades demandam autorização especifica, tais como grupos de corrida, corridas e eventos esportivos, atividades que utilizem equipamentos específicos do parque, ou que possam interferir no uso regular. Os funcionários fazem o monitoramento das demandas, informando da necessidade de autorização, ou quando a atividade é proibida. Algumas atividades como slakline, patins e skate possuem lugar específico para sua prática. A gestão do PNI é realizada pela Gerência de Unidades de Conservação do Imasul.
Mais informações sobre o Parque das Nações Indígenas podem ser obtidas por meio do telefone 3318-5639.
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