Turismo | Da redação | 10/03/2018 10h23

Naviraí revive o encanto das cavalgadas neste fim de semana

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Todo encanto das cavalgadas – que ainda estão bem frescas na memória de muita gente – será revivido no fim de semana em Naviraí, município localizado no Sul do Estado, com a 1ª Cavalgada do Agroturismo Juncal.

O Projeto é uma iniciativa da Associação Naviraiense Terra e Paz, que agrega os moradores do assentamento Juncal, e recebeu recursos de R$ 71.075,00 do Fundo de Defesa e Reparação de Interesses Difusos e Lesados (Funles), administrado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).

No cardápio da festa sobram atrações: além da cavalgada terá também passeio ciclístico, baile, rodada de viola, queima do alho (o preparo da comida de comitiva), barracas com comidas típicas, produtos da lavoura e artesanatos produzidos pelos moradores do assentamento.

“A ideia é divulgar a produção e enaltecer o trabalho e o modo de vida das famílias do assentamento Juncal”, conta a pedagoga do campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), de Naviraí, Karine Teixeira.

Radiante com a proximidade da festa e o sucesso já comprovado, o presidente da Associação, Edson dos Santos Silva, acredita que o projeto vai se firmar como grande divulgador da produção do assentamento, que vai desde frango caipira, hortaliças, feijão, leite, doces, pães. Tudo isso, aliás, poderá ser comprado nas barracas que estarão montadas nos dois dias da festa.

Cavalgada

A 1ª Cavalgada do Agroturismo Juncal começa, às 8h, do dia 10 de março (sábado) na concentração dos cavaleiros no local conhecido como Pachamama, no assentamento Juncal. Após a bênção, os cavaleiros seguem por um roteiro de aproximadamente oito quilômetros, percorrendo as estradas que cortam o assentamento, até chegarem à sede onde acontece a festa. Já estavam inscritos 250 cavaleiros, mas o presidente Edson Silva acredita que os participantes passem de 300.

Os cavaleiros se agrupam em comitivas, como acontecia antigamente na lida com o gado. E vai ser assim para que sejam julgados; os vencedores ganharão troféus. Chegando ao local da festa as comitivas acampam e por volta das 13h será servido o almoço, que deve se estender pela tarde toda, animada por rodas de viola e show com a dupla Paulo Cesar & Vanderlei. À noite haverá bailão com o grupo Ipezal.

No domingo chega um precioso reforço pra manter a animação da festa. Um grupo de ciclistas partem às 7h da praça Euclides Fabris, em Naviraí, rumo ao assentamento Juncal que fica distante cerca de 20 quilômetros. Enquanto isso, no assentamento o povo está se ajeitando para continuar a festança e com muitos atrativos:

às 8h tem concurso de berranteiros;
às 9h tem roda de viola;
às 11h, mais ou menos quando os ciclistas começam a chegar, as comitivas recebem a ordem para dar início no concurso mais saboroso da festa: a queima do alho.
A queima do alho é o nome que se dá ao preparo da refeição no estilo que era feito pelos peões de comitiva. Em fogo de chão, sem muitos utensílios de cozinha, os peões se viram como podem. Arroz de carreteiro e feijão tropeiro são os pratos principais. Os jurados vão passar em cada acampamento e escolher os melhores, que também ganham troféus. Por fim, toda comida será consumida pelos festeiros num grande almoço coletivo que fecha a festa.
O Assentamento Juncal foi criado em 2002, no município de Naviraí, com área de 2.453 hectares. São 113 lotes, além das áreas de reserva legal e de preservação permanente. As famílias produzem uma variedade de gêneros alimentícios e possuem um criadouro com abatedor de frango caipira, além do plantel de gado leiteiro.

O Funles

O projeto Cavalgada Agrorrural do Conesul é um dos nove projetos financiados pelo Funles nesse primeiro edital desde a criação do Fundo, há 11 anos. O Funles patrocina projetos em cinco eixos de investimentos: Meio Ambiente; Consumidor, a Ordem Econômica e a Livre Concorrência; Aos Direitos de Grupos Raciais, Étnicos ou Religiosos; Bens e Direitos de Valor Artístico, Histórico, Estético, Turístico e Paisagístico; Patrimônio Público e Social e Outros Interesses Difusos.

As receitas que compõem o Fundo são provenientes de indenizações decorrentes de condenações judiciais por danos causados a bens e direitos, multas judiciárias, indenizações e compensações previstas em acordos coletivos, inclusive termo de ajustamento de conduta, bem como multas por descumprimento desses acordos. O Fundo também pode receber contribuições e doações de pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras.

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