Teatro | Da redação | 17/05/2017 07h17

Premiado pela Fundação de Cultura, “Poracê” estreia na Capital

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Por meio do Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2015 e do Prêmio Célio Adolfo de Incentivo à Dança 2016 da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, a Cia Dançurbana estreia neste mês, na Capital, o seu mais novo espetáculo: ‘Poracê’. São 10 apresentações totalmente gratuitas: cinco em escolas estaduais, uma em universidade e quatro no teatro. Para o grande público as apresentações acontecem nos dias 17 e 18 de maio, com sessões às 15h e às 20 horas, no Teatro Prosa do Horto.

Durante sete meses, os três coreógrafos Marcos Mattos, Renata Leoni e Franciella Cavalheri – junto aos seis intérpretes-criadores Adailson Dagher, Ariane Nogueira, Lívia Lopes, Maura Menezes, Thiago Mendes e Rose Mendonça – mergulharam na produção de ‘Poracê’. O processo de criação de um novo espetáculo demanda pesquisa e muito estudo. Na primeira parte da concepção, por exemplo, os intérpretes foram estimulados a descobrir o significado, a origem de seus nomes.

São seis intérpretes-criadores de origens diferentes, de tribos diversas, cada um com seu modo de ser e de viver, sua história e sua individualidade, que fazem parte de um mesmo grupo, uma mesma comunidade, uma sociedade; e é sobre a forma como nós seres humanos vivemos em comunidade que esse espetáculo busca falar. “Essas diferenças dividindo o mesmo espaço. Como a sociedade se constitui? Constitui-se de pessoas diferentes, que são de tribos desiguais, que tem jeitos próprios de falar, sons distintos, entre outros”, diz a coreógrafa Franciella. Comunidade, força do conjunto, coletividade, o estar junto e, dentro disso, a singularidade da identidade, da ancestralidade, do ajuntamento e das tribos.

‘Poracê’, em Nheengatu, é designada como dança indígena de celebração ou baile. O trabalho é uma metáfora do significado dessa palavra. A companhia debruçou-se sobre “uma ideia de dança de índios” (uma fabulação), algo que já estava no imaginário dos criadores. O coreógrafo Marcos explica que a parturição da língua pesquisada e a sua sonoridade, provocaram os coreógrafos e os intérpretes-criadores na incursão no universo indígena, traçando um paralelo com a criação dos movimentos das danças urbanas (tão influenciados pela sonoridade das letras (rap) e das batidas das músicas da cultura Hip Hop).

“Pesquisamos a aproximação desses modos de compor dança, música e movimento, em diálogo com o contexto local”, completa Marcos. No palco, danças urbanas, dança contemporânea e técnicas de improvisação poderão ser vistas nos movimentos.

Apresentações em escolas e universidade

As primeiras apresentações do espetáculo acontecem no dia 11 de maio na Escola Estadual José Maria Hugo Rodrigues, com sessões às 10h, 16h e 20 horas. Depois, no dia 24, ‘Poracê’ chega à Escola Estadual Waldemir Barros da Silva, com sessões às 10h e às 15 horas. Haverá ainda uma apresentação no anfiteatro da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), no dia 29, às 18 horas.

Apresentações ao grande público

Para o grande público, a espetáculo será apresentado nos dias 17 e 18 de maio, com sessões às 15h (especialmente voltadas para alunos de escolas públicas) e, às 20 horas, no Teatro Prosa Horto, localizado na rua Anhanduí, 200. Os ingressos serão distribuídos gratuitamente sempre uma hora antes do início de cada apresentação.

Serviço: outras informações pelo telefone (67) 9 9238-2829 ou pela página no Facebook. Visite o site: www.dancurbana.com.br.

Cia Dançurbana

Nascida em 2002, a Cia Dançurbana desenvolve um trabalho de formação, produção e difusão da dança em Campo Grande e Mato Grosso do Sul. É uma companhia de dança profissional independente, que realiza espetáculos, cursos, oficinas, encontros e palestras, pautadas pela sustentabilidade e continuidade da realização de trabalhos, que se relacionem com a comunidade, com o público em geral.

A técnica inicial de movimento usada pela companhia são as Danças Urbanas e seus mais diversos estilos, porém não utilizadas como Fim e sim como meio para as criações. Principais espetáculos: Urbanóides (2008), Plagium? (2009), Singulares (2012), Soma Onze (2013), De Passagem (2015) e FLUZZ (2016). Principais destaques: Prêmio Célio Adolfo de Incentivo a Dança 2013, Prêmio Funarte Klauss Viana 2011 e Prêmio Destaque Cultural 2014. Com o espetáculo “Plagium?”, em 2014 a Cia integrou a programação do Palco Giratório Sesc, o maior circuito de artes cênicas do Brasil, passando por 44 cidades.

Ficha técnica

Direção: Marcos Mattos

Coreografia: Marcos Mattos, Renata Leoni e Franciella Cavalheri

Intérpretes-criadores: Adailson Dagher, Ariane Nogueira, Lívia Lopes, Maura Menezes, Thiago Mendes e Rose Mendonça

Assistentes de produção: Reginaldo Borges e Kelly Queiroz

Fotografia e audiovisual: Cravo Filmes

Design Gráfico: Felipe Leoni

Figurino: Herbert Corrêa e Marcos Mattos

Trilha sonora: Antônio Porto

Técnico de som: Adriel Santos

Iluminação cênica: Cadu Modesto

Texto do programa: Camila Emboava

Mediadora de ações de formação: Kelly Queiroz

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