Teatro | Da redação | 28/09/2018 09h08

Festival de Teatro apresenta três espetáculos neste sábado

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Neste sábado, 28 de setembro, o Festival Internacional de Teatro (FIT) traz a Dourados três espetáculos, sendo dois de rua e um de palco. Às 16h, o Grupo Expressão de Rua, de Campo Grande, apresenta o espetáculo “Matiilha", na praça Antonio João. Às 17h, é a vez da Cia Talagadá, de São Paulo, com o espetáculo "Romeu e Julieta", no Parque dos Ipês. Para encerrar o sábado, às 20h, o Teatro Municipal será palco da peça "De pai para filhos", com o Grupo de Artes Cênicas da UEMS, de Campo Grande. Os ingressos para apresentação no Teatro têm o valor de R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia).

Confira, abaixo, a sinopse de cada espetáculo:

“MATIILHA” - Praça Antonio João - 16h (gratuito)
Em “Matiilha”, a humanidade do olhar ganha outras dimensões. São bichos ferozes, ameaçadores e também cães desamparados pedindo abrigo. A disputa pelo espaço é apenas uma desculpa. A coletividade é importante, não existe desconexão. Em relação aos outros, a menina-mulher talvez seja a mais diferente. A diferença não exclui. É uma diferença valorizada e disputada pelo grupo. O grupo é nômade, percorre os arredores do espaço, assim como o mundo dá voltas. A liderança é importante. A posição de líder é de quem se arrisca. Há um revezamento quase não consentido na posição de líder. Um revezamento, mas não um equilíbrio. A disputa pela liderança, quando fica muito acirrada, gera uma anarquia desesperada e também interessante. Existe uma assimetria, embora também haja igualdade. Há provocação, sentimento de alerta, possibilidade de surpresas.

Grupo Expressão de Rua de Campo Grande / MS
Com mais dez anos de existência, com atividades ligadas a um projeto social, o Grupo Expressão de Rua tem realizado um trabalho continuo de pesquisa, troca, produção e difusão de Danças Urbanas em Campo Grande, no Estado de Mato Grosso do Sul. No ano de 2014, com aporte financeiro do FIC – Fundo de Investimentos Culturais do Estado de Mato Grosso do Sul, o grupo se arrisca na criação do seu primeiro espetáculo. Com um elenco de 18 integrantes, traz para cena cinco intérpretes criadores que se aventuram na construção de um trabalho cênico sob direção de Marcos Mattos.

ROMEU e JULIETA - Parque dos Ipês – 17h (gratuito)
Em meio ao lixo, tralhas e tudo mais que é descartado pela sociedade, a Cia Talagadá apresenta cinco moradores de rua tentam subverter essa situação por meio do universo lúdico, no qual suas figuras grotescas interpretam a si mesmas, utilizando-se de objetos, instalações, assemblagens, música e performance para recontar, a seu modo, o clássico Romeu e Julieta, de William Shakespeare. O trágico é de conhecimento de todos, porém as metáforas dos fatos que antecedem seu desfecho podem ser uma grande surpresa.

Cia Talagadá
A Cia Talagadá surgiu no ano de 2011 com três artistas na cidade de Itapira: Danilo Lopes, João Bozzi e Valner Cintra. Após trabalharem juntos no teatro amador convencional, alguns experimentos com bonecos, máscaras e objetos, desenvolveram um grande encantamento por tais potencialidades artísticas, cuja linguagem os levou a se especializar no Teatro de Formas Animadas (popularmente conhecida como Teatro de Bonecos). Desde então, buscaram a profissionalização da companhia e passaram a realizar seus projetos por meio de prêmios em editais de fomento, cujos resultados começaram a reverberar na participação em importantes festivais de teatro por todo Brasil e também no exterior, evidenciando uma maior projeção e reconhecimento artístico de seu trabalho. Atualmente, a Cia. conta com três espetáculos em seu repertório, cujas pesquisas buscam, além da possibilidade em experimentar diferentes técnicas pertinentes a essa linguagem, a construção de uma identidade estética consistente, coerente e autoral.

DE PAI PARA FILHOS - Teatro Municipal – 20h (R$ 20,00 e R$ 10,00)
A partir da adaptação e dramatização de um conto do autor brasileiro Júlio de Queiroz, os atores trazem ao palco as agruras do convívio de uma típica família judaica de trabalhadores rurais. Neste contexto de respeito às tradições e aos mandamentos religiosos, em um ambiente austero e predominantemente masculino, onde a ocupação principal é o trabalho árduo e diário, não há espaço nem tempo para a manifestação de sentimentos ou demonstração de emoções. A complexidade do convívio familiar e seus conflitos vêm à tona na visão particular de cada um dos envolvidos. A trama, em tons metafóricos, remete o espectador ao tema universal e sempre atual da dificuldade de entendimento em torno das relações familiares, algo presente em todos os lugares e épocas. A dor da incomunicabilidade humana nunca foi tão presente, ainda que em tempos globalizados. O espetáculo é uma produção do projeto de extensão Núcleo de Pesquisa e Atividades Culturais (NUPAC), da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), de Campo Grande.

Grupo de Artes Cênicas da UEMS
O texto de Júlio de Queiroz, de Florianópolis (SC), foi adaptado pelos professores Volmir Pereira Cardoso (Letras) e Fernandes Ferreira (Artes Cênicas), que também atua. Fernandes será o pai de dois filhos de uma típica família judaica de trabalhadores rurais. A trama mostra um ambiente de respeito às tradições religiosos, predominantemente masculino, cercado por muito trabalho, que não abre espaço para manifestações de sentimentos e emoções. “A peça trata da incomunicabilidade humana, da dificuldade de entendimento em torno das relações familiares”, conta o professor Fernandes Ferreira. O elenco ainda conta com Samir Henrique, que é acadêmico do curso de Artes Cênicas da UEMS/CG e Carlo Fabrizio, ator que atuou no Espetáculo O Pequeno Príncipe. A iluminação é de Expedito Di Montebranco. “Como é um elenco menor, de atores já com experiência, pude em muitos momentos compartilhar com eles a direção do espetáculo, iluminação e produção”, completa Fernandes.

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