Teatro | Da redação | 18/08/2017 11h45

Escolas estaduais recebem oficina de mediação cultural

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Ao completar 15 anos de atuação, a Cia Dançurbana realiza o projeto ‘Manutenção Dançurbana’, que contempla três eixos de ações: manutenção e aperfeiçoamento do corpo técnico do grupo; resgate, releitura e apresentação de cinco espetáculos de seu repertório em escolas públicas (com oficinas de mediação cultural) e circulação do espetáculo ‘FLUZZ’ pela região centro-oeste.

Nesta etapa os estudantes das escolas estaduais José Maria Hugo Rodrigues e Waldemir Barros da Silva recebem oficinas de mediação cultural e apresentações do espetáculo ‘Plagium?. O Projeto conta com patrocínio do Fundo de Investimentos Culturais-FIC, Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania-SECC e do Governo do Estado de MS, O Boticário na Dança, Eletrobras Furnas e Digix

As apresentações do espetáculo ‘Plagium?’ são abertas ao público e acontecem no dia 21 de agosto, às 10 horas, na Escola Estadual Waldemir Barros da Silva, localizada na rua Palmácea, s/n, Bairro Moreninha I e no dia 25, às 17h e às 21 horas, na Escola Estadual José Maria Hugo Rodrigues, localizada na rua Hugo Pereira do Vale, 468, conjunto residencial Mata do Jacinto. A entrada é de graça.

O espetáculo ‘Plagium?’ foi criado e estreou em 2009. De lá pra cá circulou por 11 cidades do Norte e Nordeste do Brasil, pelo SESC Amazônia de Artes em 2012. Foi apresentado em 43 cidades do país, pelo projeto SESC Palco Giratório em 2014, entre outras apresentações. Tem o propósito de questionar a autoria em dança e quais ferramentas usadas para que uma criação seja considerada autêntica – original ou cópia? Tudo que criamos é original? A partir dessas indagações este trabalho apropria-se de recortes de obras de companhias de dança reconhecidas para criar um espetáculo particular. Neste ano ‘Plagium?’ foi revisitado e ganhou um novo formato.

“Nesta releitura há referências do trabalho original de 2009 e novas inspirações de espetáculos de companhias e artistas, como: Ginga Cia de Dança (Cultura Bovina), Cena 11 (Cartas de amor ao inimigo), Quasar Cia de Dança (Coreografias para ouvir) e Ohad Naharin (O Decadence). São grupos e artistas que são ou foram em algum momento referência em nossa trajetória”, revela o diretor da Cia Dançurbana, Marcos Mattos. Em ‘Plagium?’ apresentam-se Adailson Dagher, Ariane Nogueira, Irineu Ruach, Jackeline Mourão, Maura Menezes, Lívia Lopes, Ralfer Campagna, Reginaldo Borges, Rose Mendonça e Thiago Mendes.

Antes de assistirem ao espetáculo os alunos das duas escolas estarão participando de oficinas, que começaram em junho com a arte educadora Kelly Queiroz. O objetivo é sensibilizar os estudantes para as apresentações e aproximá-los do fazer artístico. Durante as oficinas Kelly discorre sobre a postura do espectador, fala de aspectos técnicos de ‘Plagium?’ e sobre temas relacionados ao trabalho, incentivando os estudantes a reflexão. “Depois, eles irão assistir ao espetáculo e poderão vivenciar tudo o que temos debatido. Finalizaremos a ação com um encontro final, no qual iremos conversar sobre as impressões que eles tiveram em todos os processos”, descreve Queiroz.

De setembro a dezembro deste ano mais três trabalhos serão rememorados e apresentados nestas escolas (junto com a realização das oficinas): ‘Singulares’ (2012), ‘De Passagem’ (2015) e ‘FLUZZ’ (2016).

Manutenção da companhia

Dentro das atividades do projeto está a manutenção/aperfeiçoamento do corpo técnico do grupo. Ao todo, 15 profissionais estão sendo remunerados e participando das atividades de capacitação, com ensaios diários; aulas técnicas de dança contemporânea, de improvisação e breakdance e; preparação corporal, com aulas de condicionamento físico e de pilates.

“Por meio de investimento do Fundo de Investimentos Culturais-FIC, da Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania – SECC e do Governo do Estado de MS e, com os nossos patrocinadores O Boticário na Dança, Eletrobras Furnas e Digix, pela primeira vez conseguimos criar uma estrutura de trabalho e recriar os espetáculos de nosso repertório”, destaca Marcos.

Atividades já realizadas

‘Poracê – O outro de nós’ foi o primeiro trabalho a chegar nas escolas da capital. No dia 11 de maio de 2017 as apresentações foram na Escola Estadual José Maria Hugo Rodrigues (para cerca de 700 alunos) e, no dia 24, na Escola Estadual Waldemir Barros da Silva (para cerca de 300 alunos). Outra ação do ‘Manutenção Dançurbana – 15 anos’ já concretizada foi a circulação do espetáculo ‘FLUZZ’ por Goiânia-GO e Anapólis-GO. Finalizando a circulação, em novembro o espetáculo será apresentado em Brasília-DF e em Cuiabá-MT.

Cia Dançurbana

Nascida em 2002, a Cia Dançurbana desenvolve um trabalho de formação, produção e difusão da dança em Campo Grande e Mato Grosso do Sul. É uma companhia de dança profissional independente, que realiza espetáculos, cursos, oficinas, encontros e palestras, pautadas pela sustentabilidade e continuidade da realização de trabalhos, que se relacionem com a comunidade, com o público em geral. A técnica inicial de movimento usada pela companhia são as Danças Urbanas e seus mais diversos estilos, porém não utilizadas como fim e sim como meio para as criações.

Principais espetáculos: Urbanóides (2008), Plagium? (2009), Singulares (2012), Soma Onze (2013), De Passagem (2015), FLUZZ (2016) e Poracê – O outro de nós (2017). Principais destaques: Prêmio Célio Adolfo de Incentivo a Dança 2013, Prêmio Funarte Klauss Viana 2011 e Prêmio Destaque Cultural 2014. Com o espetáculo “Plagium?”, em 2014 a Cia integrou a programação do Palco Giratório Sesc, o maior circuito de artes cênicas do Brasil, passando por 44 cidades. A companhia é a única de MS que teve, por dois anos consecutivos, o patrocínio de O Boticário na Dança, Eletrobras Furnas e Digix.

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