Teatro | Jeozadaque | 16/12/2008 15h54

"Carol Castro" e "Marcelo Farias" falam com exclusividade ao Ensaio Geral

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No último final de semana (12 e 13), Campo Grande recebeu o espetáculo “Dona Flor e seus Dois Maridos”, um clássico da literatura brasileira encenado no palco do Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. A peça apresentou os atores “Carol Castro”, “Marcelo Farias”, “Duda Ribeiro” e grande elenco na forma do triângulo amoroso composto por “Vadinho”, “Flor” e “Teodoro”. Apesar do mau humor do ator “Marcelo Farias”, ele e a atriz “Carol Castro” receberam a equipe do site de cultura reginal “Ensaio Geral” para uma coletiva sobre o espetáculo, e devido às exigências do ator Marcelo Farias não foi possível registrar fotos. Confira a entrevista. Ensaio Geral: Como surgiu o convite para você participar desta peça? Carol Castro: O Marcelo me convidou por telefone no ano passado, eu estava até com outra peça em cartaz, e resolvi optar por esta porque acho que é uma ótima escolha e está sendo um grande crescendo pra mim. Marcelo Farias: Na verdade eu sou o produtor da peça. Então não teve convite. Nasceu da minha vontade de fazer o Vadinho. Quando eu li o livro, eu resolvi montar o espetáculo. EG: Marcelo e porque essa vontade de interpretar o Vadinho? MF: Porque o Vadinho é um personagem riquíssimo, super carismático. É um personagem que tem diversos modos de um ator trabalhar. EG: O que significa para você atuar em uma peça baseada na obra de um dos maiores escritores brasileiros que é o “Jorge Amado”. CC: É uma grande honra. É uma responsabilidade estar aqui, mas em primeiro lugar, é uma grande honra, sem dúvidas. Como você mesma disse, é um dos maiores escritores brasileiros é uma obra que ficou marcada na história do cinema brasileiro, até hoje é a que rendeu maior bilheteria, claro, na época o cinema era muito mais acessível. Mas, é uma grande honra, um grande prazer sem dúvidas. EG: Qual foi a maior dificuldade que você encontrou no espetáculo? CC: A maior dificuldade talvez tenha sido chegar na Flor. Ela é uma mulher cheia de conflitos, uma mulher complexada. As fases da Flor, ela ainda menina, a fase de casada, mulher, viúva, casando de novo e o Vadinho voltando, talvez tenham dado mais trabalho. As fases da Flor. MF: Acho que foi adaptar. Eu fiz as adaptações com o Pedro Vasconcelos, e eu acho que a maior dificuldade foi trazer esses personagens do livro para o palco e quanto à montagem a dificuldade foi normal, a captação de recursos, patrocínio, essas foram as maiores dificuldades, porque o elenco eu sabia que ia chegar onde à gente queria, o elenco foi escalado para cada personagem. Então a maior dificuldade foi fazer a adaptação ser fiel ao livro. EG: Carol em todos os anos de carreira qual a peça que você considera a mais importe da sua carreira e por que? CC: Essa sem dúvidas. Na verdade eu considero essa a primeira peça que fiz de verdade. Eu já fiz outros espetáculos, mas eu considero essa o primeiro espetáculo porque é a mais importante até agora, maior entrega, enfim. EG: Apesar do pequeno caminho do aeroporto até o hotel, o que você achou do panorama da cidade? CC: Eu achei a cidade inteira ajeitadinha com essa coisa do natal fica tudo mais arrumadinho, mais iluminado, achei uma graça. Não posso dizer muito porque ainda não conheci. MF: Não deu pra ver nada. Estava de noite e eu não vi nada, simplesmente nem olhei para a cidade. Eu vi muitas luzes. Achei a cidade muito enfeitada e tal. EG: Carol, você como atriz principal da peça, qual é a dica que você deixa para os atores iniciantes? CC: Ler muito. Ler teatro. Eu leio vários autores diferenciados, principalmente os nossos, que é a nossa cultura, e nunca desistir, porque as dificuldades estão aí pra gente crescer e não voltar só caminhar sempre para frente.

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