Teatro | Da redação | 27/09/2016 14h05

Após 275 encenações em 8 anos, Circuito debuta “em casa”

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Foi necessário antes passar por mais de sessenta cidades, levando alegria a um público estimado em 85 mil pessoas. Uma caravana que abrangeu 275 apresentações de 42 diferentes grupos artísticos. Depois de tanta arte espalhada por ai, o Circuito Sul-Mato-Grossense de Teatro estreou neste sábado (24 de setembro) no palco da cidade que é há oito anos a base de todo este empenho da equipe da Fundação de Mato Grosso do Sul: Campo Grande.

Com o espetáculo Quem Matou o Morto, da Cia Theastai de Artes Cênicas, a Esplanada da Ferroviária, um dos mais tradicionais pontos culturais da Capital, reuniu na noite de sábado cerca de 130 pessoas, dentre elas muitas crianças, encantadas em receber um espetáculo repleto de referencias de circo e de humor. Tudo isso com entrada franca.

Quem Matou o Morto é Inspirado no Teatro do Absurdo. A peça utiliza-se de esquecidas técnicas circenses, dança e música para tornar o espetáculo denso e alegre. O morto retrata a figura de todos os ditadores assassinos da História da Humanidade. Os desumanos generais que em nome da ordem política mataram, torturaram, prenderam, sequestraram e desapareceram com crianças.

O bom e “translúcido” Michel Stevan encena o Maitrê fascista e misterioso. A viúva interpretada por Társila Bonelli é afortunada e infeliz, “una pobre mujer”. A comédia e os saltos “mortais” são realizados pelo ator e bailarino João Rocha. Eles dão luz ao espetáculo escrito e dirigido por Breno Moroni, que trouxe para o Estado as peças “Godgle”, “Os Corcurdas” e “Tenda das Adivinhações”, todos de sua autoria, mas executados por diferentes companhias de teatro.

Retorno à base – “O Circuito Sul-Mato-Grossense de Teatro possibilitou uma melhor visualização do que é produzido no Estado, já que muitas peças não são vistas no interior por falta de espaços. O projeto aproxima o espetáculo da platéia. A apresentação em Campo Grande foi uma ótima oportunidade de reforçar estes valores, mesmo em uma cidade com maiores possibilidades. E essa é a função do projeto”, explica o coordenador do Núcleo de Teatro da Fundação de Cultura, Márcio Veiga.

Com encenações em 48 municípios do Estado, a temporada 2016 começou no dia 17 de agosto. Estão previstas apresentações em teatros, espaços alternativos, ruas e praças do interior.

A Fundação de Cultura selecionou 10 espetáculos teatrais: Na modalidade teatros e espaços cênicos circularão os espetáculos Os Guardiões, do Teatral grupo de Risco, Cheiro de Chuva, do Núcleo Cena Viva (Dourados), Quem matou o morto?, da Cia Theastai (Dourados), Subcutâneo, do Teatro de Dois e Os malefícios do tabaco, do Grupo Identidade Teatral.

Na categoria espetáculos de rua as atrações são Tekoha – Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno, do Teatro Imaginário Maracangalha, Os Corcundas, do Circo do Mato Grupo de Artes Cênicas, Cadê?, do Instituto de Educação, Desenvolvimento Humano e Institucional e Tradicional Pocket Show, do Circo Le Chapeau.

Já na modalidade de espetáculo adulto ou para infância e juventude que possa ser apresentado em quaisquer espaços, desde que não necessitem exclusivamente de estrutura de iluminação cênica, foi selecionada a peça E o meu cabelo arrepiou, da Cia. Maria Mole, de Corumbá.

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