Som da Concha traz Link Off e o rap de Falange da Rima
O Som da Concha deste domingo (11 de março) traz muita música eletrônica com Link Off e o rap da periferia com o grupo Falange da Rima. O show começa às 18 horas na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas. A entrada, como sempre, é de graça.
O Link Off nasceu em Campo Grande – MS com o objetivo de difundir a cultura voltada para o gênero musical Industrial e seus subgêneros, trazer o que era restrito aos “guetos” ou “mainstrain” para todos, produzindo um som que pode ser feito aqui mesmo, utilizando-se de recursos que estão ao alcance, seguindo o lema: “faça você mesmo!”, para consolidar uma interação entre aqueles que são amantes deste estilo musical.
“Apesar de esse gênero musical existir desde o final dos anos 70, a escolha de se trabalhar com o Electro Industrial foi por gosto mesmo”, diz Marino Filho, produtor, programador, tecladista e vocal do Link Off. “Foi só a partir dos anos 80 é que acabei me identificando com bandas como: Skinny Puppy, Front 242, Vomito Negro e etc…”.
O nome Link Off é um convite para que as pessoas se desconectem da vida virtual, mas sempre atentos aos acontecimentos atuais. Já participou de eventos como Tatoofest, Artground, Destrua Torre, Fogo no Cerrado, Playmorock, Bigornada, Luz da Rodô e Vai ou Racha. Lançou seu primeiro CD por meio de projeto selecionado pelo FIC/MS em 2004; em 2005 foi convidado para assinar a trilha sonora da peça “Guaicurus História de Admirar, do Grupo de Risco; participou da trilha sonora do curta “Alice” com a música “Paralelepípedo”; em 2012 lançou o selo Pattern Records e em 2015, em parceria com o Caderno B, lança a coletânea “Memória Flash”. Seu mais recente trabalho é a coletânea “New Year”, a primeira da Pattern Records, 2016.
O Falange da Rima surgiu em 1998, na cidade de Campo Grande. A formação atual é composta por Flynt, John Geral, Mano Xis, que compõem e improvisam sobre o Beat de DJ Magão. São pioneiros do rap sul-mato-grossense. Suas letras falam sobre a realidade das periferias, discutindo temas como o crime, a pobreza, preconceito social e racial, drogas e consciência política. Usando a linguagem da periferia, com expressões típicas das comunidades pobres com o objetivo de comunicar-se de forma mais eficaz com o público jovem de baixa renda, as letras do grupo fazem um discurso contra a opressão à população marginalizada na periferia e procuram passar uma postura contra a submissão e a miséria.
Em 2001 o grupo lançou o EP batizado de Mariposa Assassina “Acheromthius Lexis” (Letal se for tocado), com as músicas “Mais um da Plateia”, “A Quem Possa Interessar”, “Quem Nunca Sonhou em Ter?”, “Abrakadabra” e o grande sucesso do grupo “Circo dos Horrores”, que rendeu um vídeo clip e foi selecionado para o Prêmio Hutus e para participar do Programa YO! Na MTV Brasil. O disco também contou com a música “Caminhos Tortos”, que recebeu o prêmio de melhor música de rap tocada nas rádios de periferia.
Em 2013 lançou, de forma independente, “Esquadrão Mariposa”, álbum que reúne 12 faixas inéditas dentre as inúmeras compostas no período entre 2002 e 2013 e foi bem aceito pelo público e pela crítica na cena independente. Na playlist está o grande sucesso do Grupo “Capital sem favela” e muitas parcerias com outros artistas como Guga Borba, Maíra Espíndola e Vinil Morais.
O grupo atua essencialmente na periferia, mas também participou do Festival América do Sul, em Corumbá, Festival Amostra Grátis em Cuiabá, São Paulo, Brasília, também já dividiu o palco com grandes artistas, tais como Racionais MCs, Thayde e DJ Hum, MV Bill, Facção Central, Realidade Cruel, SNJ, Projota, Emicida, Marcelo D2, entre outros.
Som da Concha – O projeto da Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania (SECC), realizado por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), acontece periodicamente aos domingos sempre às 18 horas, na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas.
Além dos shows, o Som da Concha conta com o espaço Território Criativo, uma feira onde empreendedores criativos divulgam e comercializam seus produtos de diversas matrizes que movimenta a economia criativa e impulsiona o empreendedorismo da Capital.
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