Sesc | Com Sesc | 14/09/2019 10h03

Sesc Cultura tem Festa Literária com debates, poesia, contação de histórias e música

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Entre os dias 12 e 14 de setembro acontece a I Festa Literária do Sesc, a FliSesc, no Sesc Cultura, em Campo Grande, três dias de oficinas, performances, contação de histórias, debates e música. A programação traz pluralidade de estilos, gêneros e expoentes literários tratando de temas como: preconceito, diversidade, estética, negritude, fronteira e acontece simultaneamente com a Flisesc em Corumbá.

A abertura começou às 18h da quinta-feira (12). Logo em seguida, às 18h30 houve a mesa “Do Risco ao Escrito”, com Pedro Gabriel (RJ) e Clarice Freire (PE), mediada por Volmir Ferreira. No encerramento do primeiro dia de programação, às 20h30, houve a apresentação de Paula Mihran e Banda. A cantora volta à sua terra natal para mostrar seu mais novo trabalho: “Petróleo”, primeiro CD solo da cantora corumbaense que vive no estado de São Paulo há 18 anos. O show de pré-lançamento do CD tem forte caráter cênico e performático. No palco, Paula Mirhan (voz), Rui Barossi (baixo elétrico e acústico) e André Bordinhon (guitarra e violão), artistas que além de compartilhar a paixão pela música, flertam com a linguagem teatral em suas trajetórias pessoais. Os arranjos musicais foram todos pensados para uma formação de trio, buscando uma sonoridade que parte da MPB e mistura elementos do rock e do jazz contemporâneo. São camadas e mais camadas reveladas a cada canção, trazendo à tona uma avalanche de sentimentos e reflexões sobre o ódio.

Na sexta-feira (13), as atividades recomeçaram às 15h com a Contação de Histórias “Arte Negus” (MS) no Átrio. Às 18h30, aconteceu a Conferência “A Caligrafia, a Escultura e a Engenharia dos Animais segundo Visconde de Taunay”, com Sérgio Medeiros. Medeiros é o homenageado da primeira Festa Literária do Sesc em Campo Grande. Nascido em Bela Vista (MS), Sergio Medeiros é poeta, ensaísta, dramaturgo, artista plástico e tradutor, professor titular de literatura na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e colabora em jornais como “O Estado de S. Paulo” e “Folha de S. Paulo”. Realizou pesquisas acadêmicas em Paris (França) e São Francisco (EUA).

Entre seus livros de poesia, destacam-se “A idolatria poética ou a febre de imagens” (Prêmio Biblioteca Nacional de melhor livro de poesia em 2017), “O sexo vegetal” (finalista do Prêmio Jabuti em 2010 e traduzido para o inglês), “Trio pagão” (2018), “Os caminhos e o rio” (2019) e “Caligrafias ameríndias” (2019), nos quais propõe uma escrita visual, inspirada na caligrafia e no caligrama. Seus poemas já foram traduzidos para o espanhol e o italiano, além do inglês. Como tradutor, verteu o relato histórico “A retirada de Laguna” (escrito originalmente em francês), do Visconde de Taunay, e o poema maia-quiché “Popol Vuh”, em colaboração com o professor inglês Gordon Brotherston, especialista em culturas mesoamericanas. Organizou o volume de contos indígenas amazônicos “Makunaíma e Jurupari”. Suas peças de teatro mais recentes estão reunidas no livro “As emas do general Stroessner”. Escreveu livros para o público infantojuvenil, destacando-se “Contos de duendes e folhas secas”, ambientado na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Ainda na sexta-feira, às 20h30, encerrou a programação do dia a apresentação da musicista Letícia Dias, interpretando obras de Chico Buarque.

No último dia de FliSesc, sábado (14), haverá intervenções lítero-poéticas com o grupo Michael Chekhov (MS), realizadas de hora em hora na Biblioteca. Das 13h30 às 17h30, tem oficina de contação de histórias com a Cia Arte Negus. Ainda no último dia, tem a vivência “Mercado Livreiro”, com Thiago Tizzot (PR), na sala multiuso. Às 17h contação de histórias com Alicce Oliveira (MT), 18h30 haverá a mesa “Atravessando Fronteiras: Palavras e Imagens”, com participação Eloar Guazelli (SP) e Hugo Canuto (BA), mediada por Fábio Quill.

No enceramento da programação, o grupo pernambucano “Em Canto e Poesia” une música e literatura, tendo a matriz oral da cantoria como verve central. As apresentações do grupo fazem reverência às origens sertanejas da região do Pajeú.

Serviço – O Sesc Cultura está localizado na Avenida Afonso Pena, nº 2270. Informações pelo telefone 3311-4300. O funcionamento é de terça-feira a sábado das 13h às 21h30 e da Central de relacionamento: 13h às 17h30 e das 19h às 21h30. A Biblioteca atende das 13h às 21h30 e a Galeria de Arte fica aberta das 13h às 21h30. Acompanhe a programação no site sesc.ms

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