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Religião | Da redação/com Campo Grande News | 16/04/2014 09h44

Adventistas encenarão "Paixão de Cristo" na Feira Central

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Campo Grande (MS) - Com 15 músicas no repertório, figurinos de época e um grande palco, pelo menos 100 jovens da igreja Adventista do Sétimo Dia, em Campo Grande, vão reproduzir a via-crúcis, nesta quinta-feira (17), às 19h30, durante o musical “A paixão de Cristo”, que será encenado, de graça, na Feira Central. O ensaio começou há 1 ano

A montagem, que existe desde 2007 e tem o nome original de “O Encontro”, foi idealizada pela regente e pianista, membro da igreja, Ester Leal. A mulher, que assina a direção geral da produção, já levou o mesmo espetáculo para várias cidades do país e, inclusive, para o exterior, em países como Estados Unidos, Peru e África. São 53 exibições em 7 anos de estrada. A trajetória começou em Brasília (DF), cidade de estreia.

Em Campo Grande, a peça já foi apresentada duas vezes: uma em evento fechado, no Grand Park Hotel, e a outra no Teatro Glauce Rocha. Na semana passada, foi exibida no interior, em uma praça pública de Nova Alvorada do Sul e emocionou cerca de 1 mil pessoas.

Concepção - “A Paixão de Cristo” da Igreja Adventista, desde a sua concepção, tem como principal destaque o coral formado por voluntários, inclusive crianças.

Desta vez, não será diferente, destacou Ester “Fiz do mesmo jeito que foi em Brasília. Eles cantam e encenam. A maioria é daqui. Só o rapaz que faz Jesus que vem de fora”, contou, ao elencar os momentos que integram o musical.

Durante quase uma hora, os jovens vão reproduzir o encontro de Jesus com os discípulos, depois com as crianças e falar, também, do sermão da montanha.

A peça tem, ainda, o encontro de Cristo com a mulher samaritana junto ao poço, alguns milagres operados por ele e, depois, o julgamento, morte e crucificação. O ato final é a ressurreição. “É emoção do começo ao fim. Vale a pena, tanto para quem faz como para quem assiste”, garante a diretora.

Comercial – A exibição do musical na Feira Central, ponto turístico da cidade, pode provocar uma possível reação negativa de quem vê a iniciativa como uma forma estratégia de chamar clientes para o local.

Apesar disso, a presidente da associação da Feira, Alvira Appel Soares de Melo, que está à frente da organização, não vê qualquer problema na ação e garante que a intenção não é vender explorando a fé.

“Nós aproveitamentos todos os momentos porque a feira é um local de expressão popular. É um palco que se coloca à disposição da comunidade”, argumenta.

O pastor titular da Igreja Adventista central de Campo Grande, Alexandre Ferreira de Souza, de 37 anos, pensa de maneira semelhante e acrescenta que, se a intenção fosse essa, até ingresso para assistir o ato seria cobrado.

“O espaço comercial não é problema. Lá também tem seres humanos que precisam de Deus. E, além do mais, é um serviço gratuito, voluntário, sem interesse de adesão religiosa. Não queremos fazer proselitismo, mas apresentar passagem religiosa, do mesmo jeito que os Católicos”, diz, ao explicar que a celebração da Páscoa, embora esteja associada ao catolicismo, sempre foi uma tradição da igreja.

Pároco da igreja Santa Rita de Cássia, Jocerley José Tavares acrescenta que a celebração está dentro do contexto cristão. “Cada uma relembra de uma forma”, comenta, ao parabenizar a iniciativa dos adventistas.

Sobre o espaço de apresentação, Jocerley também não vê problemas. “Não há nenhuma profanação, porque o principal objetivo é divulgar e chamar a atenção das pessoas, além de promover a aproximação de Deus”, conclui.

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