Aldeia Urbana Água Bonita receberá projeto de capacitação profissional
A Coordenadora do Trabalho Social da Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul), Maria Adriana Santos solicitou apoio da diretora-presidente da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Mara Caseiro, na realização de projeto social voltado para a geração de renda dos moradores da Aldeia Urbana Água Bonita. A reunião ocorreu nesta quarta-feira (05) com a presença da gerente de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da FCMS, Katienka Klain.
Em parceria com a União e o Município, o Governo do Estado entregou em 2018, por meio da Agehab, 79 moradias para cerca de 600 pessoas das etnias Kinikinau, Guató, Kadiwéu, Terena e Guarani. Agora, a Agehab busca parceiros para formação profissional dessas pessoas. “Buscamos criar alternativas que garantam a subsistência da comunidade. Para isto, temos realizado cursos profissionalizantes como, por exemplo, os de Design de Sobrancelha e de Bombom Caseiro”, disse a assistente social Maria Adriana.
Na Fundação de Cultura, a ideia inicial de Maria Adriana era apoio para projeto de cerâmica indígena. Segundo ela, esse curso foi um pedido de uma das moradoras da aldeia. Porém, conforme Katienka, tal curso exige ferramentas como forno e argila. “Além do forno, no caso da cerâmica Kadiwéu, as cerâmicas precisam de argila. Se não tiver essa matéria-prima no local, ela terá que ser comprada”, explicou.
Como a possível compra da argila pode causar desinteresse nas pessoas, a gerente de Artesanato da Fundação de Cultura sugeriu outro curso. “Temos uma opção de baixo custo e com boa comercialização que é o curso de Estamparia Artesanal em Estêncil”, disse Katienka. A ideia agradou Maria Adriana que ficou de levar a proposta à comunidade e ver quantos podem ter interesse no curso.
Também animada com a proposta, Mara Caseiro ressaltou a importância do artesanato para a preservação da cultura indígena. “Esta técnica do estêncil é utilizada por indígenas da etnia Ofayé, na Aldeia Anodi, do município de Brasilândia. Eles usam nas estampas, ícones representativos da cultura Ofayé, como folhas, animais e grafismos. É uma arte muito linda que promove o resgate da cultura deles e ainda possui boa comercialização”, comentou Mara.
Estamparia em Estêncil
Com o apoio da Fundação de Cultura, da Casa do Artesão de Três Lagoas e da Fibria Papel e Celulose, 11 artesãos da Aldeia Anodi têm participado de exposições locais e nacionais com seus trabalhos em estamparia em estêncil. Uma delas foi o X Salão de Artesanato de Brasília, que ocorreu entre os dias 4 e 8 de abril de 2019. Na ocasião foram enviadas 117 peças, das quais 108 foram vendidas, entre jogos americanos, caminhos de mesa, capas de almofadas, bolsas dupla face e toalhas.
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