Poesia | Jeozadaque | 13/03/2010 12h04

14 de março: Dia da Poesia

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manoel de barrosEm homenagem ao poeta Castro Alves – um dos melhores e mais importantes na história do Brasil - foi criado o Dia da Poesia, na data de seu nascimento, 14 de março. O escritor faleceu aos vinte e quatro anos, no ano de 1871. Antônio Frederico de Castro Alves nasceu em Muritiba, na Bahia, no ano de 1847, onde deu início ao curso de Direito,  concluido posteriormente em São Paulo. Sua carreira foi premiada com a cadeira número sete da Academia Brasileira de Letras. Conhecido como o poeta dos escravos, Castro Alves escreveu o famoso poema “Navio Negreiro”, onde relatava sobre as condições de sofrimento durante o transporte dos escravos, além de detalhes de suas vidas, manifestando sua opinião contra atos abusivos e racistas. No decorrer dos anos, a poesia evoluiu e se renovou no Brasil. Uma das formas de poesia mais presentes na cultura popular, por exemplo, é o repente (literatura de cordel), encontrado na região nordeste do país. A declamação é feita de forma improvisada, onde dois cantores se desafiam através das palavras, provocando situações para o outro responder. O mais famoso repentista do país foi o cearense Patativa do Assaré, Antônio Alves da Silva, que cantava em seus versos o sofrimento do povo nordestino. Suas obras podem ser encontradas nos livretos de cordel. Poesia no Brasil É possível que a história da Poesia no Brasil tenha começado com os Jesuítas, no primeiro século da colonização do Brasil (XVI); ou, mais exatamente, com José de Anchieta, jovem jesuíta das Canárias, evangelizador e mestre, que escrevia versos à Virgem nas areias da praia. A poesia no Brasil se desenvolveu ao longo dos séculos, passando por várias escolas até chegar ao momento atual, o pós-modernismo. Hoje, a poesia assume um estilo mais livre, desvinculado de regras relacionadas a métrica ou as rimas. O que realmente define a boa poesia é a sensibilidade e criatividade de cada artista. “A maior riqueza do homem é a sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito. Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas”. Manoel de Barros [foto] (Poeta Sul-Mato-Grossense) Da Redação

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