Outros | CartaCapital | 02/05/2020 09h26

Regina Duarte escolhe número 2 da pasta de cultura

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A secretária de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, Regina Duarte, finalmente definiu um nome para ser o nº 2 da pasta. Após quase dois meses com o cargo aberto, a atriz escolheu o advogado Pedro Horta para ser o secretário especial adjunto do órgão.

A opção da secretária foi seu chefe de gabinete e agrada a militância bolsonarista, que recentemente vetou o produtor Humberto Braga por o considerar “esquerdista”. Já Pedro, antes de assumir, teceu elogios a Carlos e Eduardo Bolsonaro, fez elogios ao presidente e demonstra pertencer à ala ideológica do governo.

Professor de direito constitucional, Pedro Horta é também responsável pelo departamento comercial da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Em 2010, ele foi candidato a deputado federal em São Paulo pelo PTC, mas não foi eleito. Horta também já foi filiado ao PRB, PSDB e DEM.

Dificuldades em montar a equipe
Além do cargo ocupado por Pedro Horta, a ex-atriz da Globo também vem tendo dificuldade em preencher outras vagas em sua equipe. Vários nomes indicados para posições importantes da Cultura vêm sendo vetados pela militância bolsonarista.

Na semana passada, o pesquisador Aquiles Brayner, indicado para a diretoria do Departamento de Livro, Literatura e Bibliotecas, foi demitido apenas três dias após sua nomeação. Sua exoneração ocorreu por pressão de perfis bolsonaristas nas redes sociais. Segundo Brayner, estes grupos fazem um “grande complô para derrubar qualquer ação legítima no âmbito da cultura”.

Dessa forma, outros órgãos relevantes da pasta ainda seguem sem liderança definida, caso do Iphan e da Funarte, dois dos mais importantes órgãos vinculados à pasta de Regina. Tudo isso em meio à pandemia, que tem aprofundado a crise no setor cultural.

Crise, aliás, que vem gerando muitas críticas à Regina. Até o momento, a secretária não definiu um plano para a área e tem falado pouco publicamente sobre seus planos para a pasta. Desde que tomou posse, não houve pronunciamento oficial e a atriz segue trabalhando de sua casa em São Paulo, em respeito à quarentena.

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