Outros | Da Redação/Com Assessoria | 17/12/2012 12h02

Projeto de astronomia da UEMS levará planetário a 26 municípios de MS

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Um arrojado projeto encabeçado pela UEMS vai levar a milhares de alunos sul-mato-grossenses até os mais longínquos lugares do espaço sideral. A Universidade receberá do CNPq um total de aproximadamente R$ 60 mil que serão utilizados na realização do projeto de extensão: “Astronomia Itinerante – O Céu pelos olhos do Cerrado ao Pantanal”, coordenado pelo professor e pró-reitor de extensão, Edmilson de Souza. A expectativa é de que mais de 20 mil pessoas participem do projeto ao longo de sua execução.

Ao longo de dois anos, uma verdadeira caravana do conhecimento percorrerá 26 municípios do Estado, instalando em cada um deles um planetário que permitirá às pessoas terem uma experiência intrigante com a astronomia. As exposições serão montadas, em geral, em escolas públicas de áreas centrais, unidades da UEMS (quando há no município), ou mesmo em shopping centers ou associações de classe, dependendo da estrutura disponível em cada município.

Segundo Edmilson de Souza levar a exposição até a população torna o projeto mais trabalhoso, porém mais adequado às necessidades do Estado e coerente com o perfil social da UEMS. “A maior parte dos nossos municípios são pequenos e a grande maioria não conta com nenhum centro ou museu destinado à ciência e tecnologia. Por isso nossa proposta é ir a todas as regiões de MS, proporcionando às pessoas uma experiência marcante com a ciência”, diz o coordenador.

Edmilson destaca ainda que uma parte importante do projeto está na popularização da ciência em MS, tanto através das próprias exposições quanto através de um setor de comunicação que dará suporte às ações realizadas, fazendo com que as informações sobre o projeto cheguem ao maior número possível de pessoas, por meio da imprensa e outros canais de comunicação espontânea, como redes sociais, por exemplo.

A equipe que compõe o projeto é formada pelos físicos Paulo Souza Silva, Gilmar Praxedes Daniel e Edmilson de Souza além do jornalista André Mazini que atuará no contexto de produção e divulgação do jornalismo científico em MS. Todos os membros fazem parte do Programa de Pós-graduação lato sensu em Ensino de Ciências, oferecido pela UEMS.  

Perto do céu

O público que participar das ações do projeto Astronomia Itinerante passará por três etapas. Na primeira, classificada como Instrumentos de Observação do Céu, as pessoas passam por uma série de maquetes e demonstrações experimentais, que ilustram, de maneira simples e direta,  alguns dos conceitos utilizados em  Astronomia. O objetivo dessa seção é estimular a curiosidade dos visitantes e manter sua atenção aguçada em alguns tópicos específicos que serão trabalhados nas demais etapas da exposição.

O ponto alto da atividade fica por conta da etapa classificada como O Mapa do Céu. Nela, o Público, em um número que varia de 20 a 30 pessoas, assiste à simulação do Céu Noturno no interior do domo do Planetário Móvel, observando os principais movimentos do Sol e como o mesmo explica nossa percepção do dia e da noite; são abordados os referenciais celestes para a navegação na idade média e dos grandes descobrimentos; astros, como planetas e constelações, e, principalmente, a apresentação ao público de arranjos estelares explicados pelos mitos indígenas e de diversos povos na história da humanidade.

A seção completa dura cerca de 20 minutos e, ao final, os visitantes recebem um folder com informações sobre a Ciência em Mato Grosso do Sul e no Brasil e dicas de observação do céu à vista desarmada.

Finalmente, a última etapa, chamada “Observação do Céu Noturno”, dedica-se à observação astronômica (funciona somente no período noturno da exposição), necessariamente em ambiente externo,  que permita a montagem dos telescópios, e os possibilite mirar alguns dos mais importantes corpos celestes  como a lua, aglomerados, galáxias, sistemas duplos de estrelas, os anéis de Saturno, Júpiter  e as luas galileanas, etc. Nessa seção, o Público é livre para fazê-la dentro ou não do roteiro proposto. Telescópios e monitores darão suporte às observações.

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