Oficina | Da redação | 08/08/2016 11h24

Oficinas artísticas conectam professores com novas práticas

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Integrar professores arte educadores e levá-los à refletir sobre o espaço da escola para que o aluno desenvolva suas potencialidades humanas com o auxílio da arte foi a proposta do 1º Seminário Estadual Cultura e Educação: Territórios da Arte na Escola. Durante o evento foram realizadas na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), 13 oficinas com artistas sul-mato-grossenses, nas quais os próprios professores voltaram à sala de aula como alunos e conseguiram se conectar com suas próprias competências e vislumbrar novas possibilidades em suas práticas em sala de aula.

“Estamos voltando a conhecendo o nosso corpo e aprendendo a trabalhar a expressão corporal da melhor maneira”, comemorou a professora Maria Bueno de Sidrolândia, que participou da oficina “Teatro de Rua em Protagonismo Social”, ministrada pelo teatrólogo Fernando Cruz. Sua colega de oficina, AdrianaSantana, de Paranaíba complementa: “No interior não temos muitas oportunidades de nos capacitar.Aqui estamos aprendendo atalhos para não sofrermos para planejar nossas aulas”, comemorou.

A oficina do músico Rodrigo Teixeira apresentou para os professores a Trajetória da Música Urbana de Mato Grosso do Sul. “A ideia foi mergulhar na música que fazemos aqui porque já temos 100 anos de história nessa área”, explicou. Ele contextualizou as épocas das produções musicais e aplicou um questionário de conhecimentos gerais sobre a cultura sul-mato-grossense e brasileira. “Este exercício está nos possibilitando um conhecimento interdisciplinar sobre a arte e dando uma sacudida na gente”, elogiou a professora de Campo Grande, Teresa Graça.

A oficina de confecção de brinquedos com materiais recicláveis, ministrada pela arte educadora Ramona Rodrigues, encantou as participantes. Ela trabalhou cores, texturas e objetos na criação de jogos para serem utilizados com as crianças na sala de aula. “O legal dessa oficina é que ela possibilita o próprio aluno criar. A criação é importante porque promove a interação de um aluno com o outro e exercita o trabalho em equipe”, explicou a professora Keila Spencer de Campo Grande.

O poeta Emmanuel Marinho, que ministrou a oficina “Palavra Poética”, falou para as professoras sobre o uso das onomatopéias para brincar com as palavras, doa acrósticos para trabalhar a identidade dos alunos criando poesias a partir de seus nomes e apresentou suas poesias que trazem elementos da cultura sul-mato-grossense. “Uma palavras trás outras escondidas e trás também outras histórias. As crianças têm uma imaginação tão fértil que adoram esses jogos com as palavras”, destacou.

O bailarino Marcos Mattos ministrou a oficina “Dança na escola – uma prática reflexiva sobre o fazer”. Ele propôs aos professores a promover nas escolas a experiência do sensível e questionar os modelos oferecidos no campo da dança. “Temos que enxergar a escola como um espaço em potencial para o aluno descobrir novos caminhos. As crianças precisam entender o se corpo, pois o nosso corpo está aqui vivo. Nós crescemos e vamos travando nossas potencialidades porque temos medo das críticas. Mas nossos alunos são nossos espelhos, então temos que tirá-los da rotina monótona. E para vivenciar a arte, não existe método pronto. Temos que descobri-los”, finalizou.

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