Oficina | Da redação | 17/10/2016 14h15

Oficina trabalha percussão corporal em sua primeira fase

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A “Vivência Rítmica: Oficina de Percussão com Chico Simão” começou neste sábado (15), no Centro Cultural José Octávio Guizzo, oferecida gratuitamente durante três meses pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura (FCMS), para pessoas a partir dos 12 anos.

Antes de conhecer algum dos 15 instrumentos oferecidos na oficina, os participantes tiveram aulas de percussão corporal. “Vamos trabalhar de início a percussão corporal antes de conhecer os instrumentos. Hoje vamos desenvolver a questão do timbre, da textura sonora, aplicando ritmos corporais para depois transferir para os instrumentos como uma forma pedagógica”, destacou o professor Chico Simão.

A diversidade de instrumentos, como atabaque, djembê, agogô e outros, permitirá o aprendizado múltiplo de ritmos. “Já com os instrumentos vamos trabalhar com os ritmos populares, brasileiros, alguns ritmos africanos, mas nem um ritmo será privilegiado, vamos trabalhar com uma diversidade de ritmos. A ideia é fazer uma grande roda que mescle vários ritmos, trabalhando também o improviso”, explicou Chico.

O estudante Lucas Souza Santiago, quer ser DJ e busca na oficina aperfeiçoar a noção de ritmo. “Vi no jornal que as vagas estavam abertas e acho que aqui posso aprender mais musicalmente e quem sabe até inserir instrumentos de percussão na música eletrônica, como já fazem alguns DJs”, contou Lucas.

Já a jornalista Leila Lucco, buscou a oficina especialmente para incentivar os filhos. “Minha ideia é aprender um tanto de música por aqui para que meus filhos tomem como exemplo, quero levar para minha casa tudo o que eu aprender”, diz Leila.

Muito mais do que técnicas, a vivência refletirá positivamente na atuação e no desenvolvimento humano dos envolvidos, uma vez que é uma atividade em grupo, que privilegia a noção de coletividade, cooperação, paciência, desenvolvimento cognitivo, empatia, percepção, superação, expressão corporal e também a auto expressão e a sensação de pertencimento. “Não é preciso conhecimento prévio em música para realizar a oficina, um vai se equilibrando no outro”, finaliza o professor.

Chico Simão

Chico Simão iniciou sua carreira em São Paulo, atuando como percussionista em eventos, workshops e apresentações musicais, com bandas e grupos independentes como Olho da Rua, Cia. das Artes Baque Bolado, Cia. Cênica Nau de Ícaros, Kamberimbá e das gravações dos Cds Nação Ameaçada com Afetos e Manifesta, com a Banda do Baque. Formado em Licenciatura em Educação Musical pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e trabalhou como percussionista concursado na Orquestra Sinfônica de Campo Grande de 2007 a 2014.

Em 2001 participou do musical Cambaio, com turnê nacional nas principais capitais do país. O espetáculo teve a direção de João e Adriana Falcão, direção musical de Lenine, letras de Chico Buarque e músicas de Edu Lobo. Em Recife, gravou uma faixa no Cd Caribantu, de Lenine.

Em 2002 em Campo Grande, Chico Simão realizou a primeira oficina de percussão voltada para o ritmo do Maracatu Nação de Baque Virado. No processo dessa oficina surgiu o grupo de percussão Bojomalê, onde atuou como músico e diretor musical em eventos como Festival de Inverno de Bonito 2003 e 2005, Festival América do Sul 2004 e 2007, 4º Prelúdios da Primavera e Festival Internacional de Música em Dourados.

Como baterista e percussionista gravou 2 cds com a banda sul-mato-grossense Sarravulho e já trabalhou em diversas instituições com atividades culturais e musicais pelo Estado e como professor-técnico da Secretaria de Educação (SED/MS).

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