Oficina | Da redação | 11/04/2016 15h03

Oficina desperta interesse de alunos da Unei Dom Bosco pelo grafitti

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Terminou na tarde da última sexta-feira a Oficina de grafitti promovida pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), em parceria com o Núcleo Institucional de Promoção e Defesa da Criança e Adolescente da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul com alunos da Unidade Educacional de Internação Masculina. A primeira etapa do projeto foi realizada com a Unei Dom Bosco, em Campo

A iniciativa, segundo a arte educadora da FCMS, Marilena Grolli, era para trabalhar esta arte como uma expressão poética e urbana atual, que incentiva a sociabilização dos participantes. “Queremos propor uma reflexão interna através da expressão artística. A proposta foi instigar o participante a perceber a Arte Grafitti como poesia visual estimulando a criatividade, a crítica à realidade social ou, simplesmente, o desejo de embelezar os espaços urbanos”, explicou.

Sete alunos concluíram a oficina e receberam certificados de participação. O professor de artes, Davi Nunes, explica que para participar os adolescentes tiveram que ter dois pré requisitos: gostar da arte e ter bom comportamento. J.A., de 18 anos, está na unidade há 9 meses e adorou a oportunidade de aprender uma “coisa” nova. “Se eu tivesse tido essa oportunidade antes, talvez não tivesse aqui”. A.M., também de 18 anos e interno há 1 ano e 8 meses, disse que foi uma semana onde puderam distrair a cabeça. “ Pensamos em coisas boas, deixamos as ruins de lado. Acho que até podemos usar isso depois como um trabalho fora daqui”.

A Defensora Pública e coordenadora do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa da Criança e Adolescente, Auristela Machado Vidal considera o curso uma oportunidade de resgatar a auto estima dos meninos, “ e demonstra que a Unei está preparando esses meninos para a reinserção social. Isso reflete muito no comportamento deles aqui dentro”.

O curso é um projeto piloto que será implementado em outras Uneis do Estado. Conta com apoio da Velutex Indústria e Comércio de Tintas, que doou grande parte das latas de spray que serão utilizadas nas aulas e de diversos representantes da sociedade civil. Já as obras criadas pelos internos integrarão uma exposição no Centro Cultural José Octávio Guizzo, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Todos os participantes receberão certificados de participação.

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