Oficina | Com Ufgd | 22/05/2019 08h24

Estudantes indígenas recebem oficina de bonecos e peça teatral na Ufgd

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Como parte da programação da Mostra Audiovisual de Dourados (MAD), a UFGD, por meio da Coordenadoria de Cultura (COC), vai ofertar uma oficina de bonecos, voltada pra construção de cenas cinematográficas. A oficina acontecerá de 22 a 25 de maio e será direcionada a estudantes da Escola Indígena Guateka Marçal de Souza, localizada na Reserva Indígena de Dourados.

A oficina de bonecos será desenvolvida pela Cia Talagadà, de Itapira (SP), que pesquisa práticas em diferentes linguagens do teatro de formas animadas. A técnica de construção de bonecos de manipulação a três (Bunraku) utiliza fita crepe, barbante e jornal.

A oficina desenvolve uma pedagogia diretamente focada em ferramentas do universo do Teatro de Animação. Enquanto proposta educativa, o projeto inspira-se na afirmação de que “a arte só encontra legitimidade pelo seu valor social” (Celso Favaretto). Isso porque tem sido usada cada vez mais em processos de humanização, para nos ensinar sobre nós mesmos, revelando nossa criatividade, imaginação e nosso mundo subjetivo.

Por meio do fazer artístico e também da experiência poética, os participantes poderão experimentar além das técnicas, a articulação de significados em diferentes linguagens. Tal vivencia contribuirá para o desenvolvimento de potencialidades – percepção, intuição, reflexão, investigação, sensibilidade, imaginação, curiosidade e flexibilidade, tais quais, fundamentais para a compreensão da arte como cultura de várias possibilidades de identidade, transmissão de conhecimento, transcendência, de um ser humano mais sensível, criativo e questionador.

NA BOCA DO LIXO
O grupo ainda vai fazer uma apresentação teatral no dia 23 de maio, pela manhã, na Escola Indígena Tengatuí Marangatu - Polo. O espetáculo 'Na Boca do Lixo' utiliza formas animadas, no qual três manipuladores usam da técnica de manipulação direta para dar vida aos bonecos.

O espetáculo de 15 minutos retrata o drama de um homem que se encontra sozinho, mesmo estando cercado pela multidão que lhe observa e muitas vezes o descarta. Acompanhado apenas de sua mala e de algumas lembranças, se vê vulnerável num mundo repleto de más escolhas.

Más escolhas, representada ludicamente por um monstro, o qual tenta, de todas as maneiras, carregá-lo para dentro do lixo, trazendo a imagem da podridão que também nos é oferecida todos os dias. No entanto, ainda ouve-se uma voz de esperança, representada por uma borboleta, que por meio de seu movimento e beleza, afugenta todas as coisas ruins encorajando o a reconduzir seu destino, e cabe a ele tomar suas decisões.

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