Oficina | Jeozadaque | 07/11/2011 12h35

Em reunião com artistas, Nelsinho promete rever orçamento destinado à Cultura

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Em reunião com o prefeito Nelson Trad Filho, na tarde desta sexta-feira (4), a Comissão de Cultura de Campo Grande, junto com demais artistas da capital, pleiteou melhor distribuição, no orçamento do Município, do 1% da verba destinada à cultura local. A frase “mais fomento e menos cimento”, contextualizada no documento entregue ao prefeito, define bem a realidade atual do repasse à cultura e o que a classe artística espera que seja feito. “A prefeitura investe muito em obras e pouco em produções artísticas”, diz o músico Jerry Espíndola. Segundo ele, o que a classe quer é que parte do 1% da verba municipal destinada à cultura seja investida em produções locais, ou seja, no fomento às artes. “Queremos poder contar com o Fundo Municipal de Investimentos Culturais (FMIC) para podermos fazer boas produções”, diz Jerry. No início da reunião, realizada no gabinete do prefeito, Nelsinho apresentou dados que mostram o andamento das obras do Centro de Belas Artes, construído no prédio que abrigaria a rodoviária, na Ernesto Geisel, e defendeu a aplicação da verba. “Acho justa a reivindicação dos artistas, mas também precisamos de espaço que dê suporte a essas atividades”, completou. Em contrapartida, os artistas argumentaram sobre o que será apresentado ao público. “Reconhecemos a importância da obra, mas será que teremos uma produção à altura do Centro de Belas Artes?”, indagou Andréa Freire, produtora cultural. “É como construir uma bela sede na fazenda e não ter sementes boas para o produtor plantar”, comparou o músico Rodrigo Teixeira. Diante dos fatos, o prefeito Nelson Trad Filho se comprometeu com a classe artística em rever o orçamento destinado ao fomento e irá apresentar uma proposta palpável na próxima quinta-feira (10), na audiência pública, realizada às 14h, na Câmara Municipal. “Ainda não posso passar números concretos, não quero fazer discurso bonito e não cumprir”, pontuou Nelsinho, que prometeu rever a distribuição dessa verba. Para Andréa Freire, esse é um passo importante na luta pelo fomento da cultura. “Estamos aqui para entendermos a estrutura do município e inserir melhor a arte neste contexto. Isso representa um crescimento social também”, diz Andréa. “Faz 20 anos que atuo no meio artístico e é a primeira vez que temos um diálogo aberto”, conta o músico Dudu Miranda, que atribui o sucesso do movimento ao amadurecimento e união da classe. 1% destinado à cultura De acordo com o documento entregue pela Comissão de Cultura, o orçamento do município, conforme proposta encaminhada à Câmara Municipal, é de R$ 2,4 bilhões. O 1% desse valor significa R$ 24,2 milhões, que, segundo o prefeito, é repassado corretamente à cultura. Ainda de acordo com o documento, desse valor, R$ 17 mil são destinados às obras e R$ 12 mil para custeio, pessoal, encargos sociais, despesas correntes da Fundação Municipal de Cultura (Fundac). E para o fomento à cultura estão previstos R$ 429 mil, divididos entre o Fundo Municipal de Investimentos Culturais (FMIC) e Programa de Fomento ao Teatro (Fomteatro). A classe artística reivindica que a verba investida em obras seja mais bem distribuída e haja mais investimento no fomento cultural, ou seja, nas produções artísticas. O prefeito entregará a proposta do orçamento na audiência pública do dia 10 de novembro. Da Redação/Com Midiamax

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