Nos Bastidores da Arte | Da Redação/Com Daniel Campos | 26/03/2013 11h31

Frann Zamora, a multiartista

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Inquieta e engenhosa, a jovem experimentalista não se contenta em saber o básico Inquieta e engenhosa, a jovem experimentalista não se contenta em saber o básico (Foto: Carlota Philippsen )

Destruir e recriar. Partir da existência do nada e dar forma a uma nova ideia. Frann Zamora, 26 anos, caminha no campo das ideias. “Sempre me aventurei na transformação da matéria-prima”. A artista explica, que desde os 7 anos, montava e desmontava os eletrodomésticos de sua casa, oferecendo a seus pais uma opção de objeto, mesmo que os mesmos não pedissem e nem se sentissem contemplados com tais ações.

Costureira, poetisa, atriz, escritora, designer, fotógrafa, ou, o que o ambiente desejar. No entanto, apesar de inúmeras áreas que age, procura não se definir. Assim, fica aberta a novas opções. Não se deixa restringir as experimentações que o mundo tem a nos oferecer. “Sou uma multiartista aberta a outras possibilidades não imaginadas ainda”, se defini Frann Zamora.

Aberta a novas possibilidades, Frann, se apega ao inovar. Os materiais que estão em suas mãos são o necessário para ela mostrar seu talento artístico. Talento esse, que quase fica guardado a sete  chaves no baú de seu pensamento. Se não fosse um amigo que a chamasse para ajudá-lo nos estudos pré-vestibular de Artes Visuais, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, talvez a oportunidade de estudar esta graduação nunca tivesse acontecido. “Acho que foi Deus que colocou  o Rafael na minha vida”, 

Inquieta e engenhosa, a jovem experimentalista não se contenta em saber o básico, busca por novas técnicas, e por aquilo que ainda não foi explorado. Em 2009, criou sua marca de costura, a Chroma, com designer diferenterenciado, roupas e acessórios únicos feitos através de misturas de materiais. A Chroma vem ganhando espaços nas lojas de roupas e acessórios por sua originalidade na composição de seus produtos. 

Mas não parou por aí. Junto com o artista plástico, Joni Lima, criou uma vertente de sua marca de vestuários, a AdrenoChromo, que  reutiliza componentes eletrônicos na composição  de colares, valorizando matérias que, provavelmente, seriam descartados na natureza. “A arte não só serve como estética neste campo, ela serve como meio de você reutilizar materiais, valorizar matéria-prima até o ultimo ponto que ela pode servir. Para gente simplesmente extrapolar o uso da matéria do planeta, que  está tão escassa, usou, pronto, já era. Não, ela tem mais um tempo de vida, que a gente reaproveita de uma forma bonita esteticamente, tecnicamente e poeticamente”, explica Frann Zamora.


Atualmente, ela se divide planos entre a Chroma atingir um maior público, e o objetivo de lançar seu livro de poesias, que pretende estar com tudo pronto até o fim do ano.

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