Música | Jeozadaque | 15/08/2008 15h02

Praça do Rádio recebe hoje o cantor Oswaldo Montenegro

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Todo o charme e a poesia de Oswaldo Montenegro serão conferidos hoje em mais uma apresentação do projeto “Noite da Seresta Especial”, realizado na Praça do Rádio Clube. A apresentação, que será alusiva ao aniversário da Capital, trará o novo trabalho de Oswaldo, o dvd+cd “Intimidade”. Nascido em 15 de março de 1956, o carioca Oswaldo Montenegro, sempre adorou ler e devorava coleções de Júlio Verne, Monteiro Lobato e Malba Tahan. Aos 7 anos mudou-se para São João Del Rey, Minas Gerais, onde passou boa parte da infância. O espírito seresteiro de Minas influenciou toda a vida de Oswaldo. À noite, pulava a janela de casa para acompanhar amigos de seu pai em serestas noturnas para namoradas. Ainda com 8 anos começou a estudar violão e compôs sua primeira canção, chamada de “Lenheiros”, uma homenagem ao rio que cortava a cidade. De volta ao Rio de janeiro, venceu seu primeiro festival, com a “Canção Pra Ninar Irmã Pequena”, música que mais tarde gravaria na trilha do vídeo “O Vale Encantado”, com o título “Canção Pra Ninar Gente Pequena”. Desde então, Oswaldo nunca mais parou. Suas composições são verdadeiros poemas como a música “Metade”, que diz, “Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada, mesmo que distante, porque metade de mim é partida. mas a outra metade é saudade”. Em sua apresentação o compositor deve cantar seus maiores sucessos como “Travessuras”, “Olhar de Tela”, “O gago”, “Metade”, “Lua e Flor”, “Intuição”, “Chão de Giz”, “Agonia”, “Bandolins”, “Léo e Bia”, “Drop’s de Hortelã”, “Condor” entre outras canções. O projeto “Noite da Seresta Especial” hoje (15/08), a partir das 19:30 horas na Praça do Rádio Clube. Para um pré-aquecimento segue as canções “Metade” e “Drop’s de Hortelã”, interpretas pelo cantor Oswaldo Montenegro. Metade Que a força do medo que tenho Não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo em que acredito Não me tape os ouvidos e a boca Porque metade de mim é o que eu grito Mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe Seja linda ainda que tristeza Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada Mesmo que distante Porque metade de mim é partida Mas a outra metade é saudade. Que as palavras que eu falo Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor Apenas respeitadas Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos Porque metade de mim é o que ouço Mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora Se transforme na calma e na paz que eu mereço Que essa tensão que me corrói por dentro Seja um dia recompensada Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso Que eu me lembro ter dado na infância Por que metade de mim é a lembrança do que fui Mas a outra metade eu não sei. Que não seja preciso mais do que uma simples alegria Pra me fazer aquietar o espírito E que o teu silêncio me fale cada vez mais Porque metade de mim é abrigo Mas a outra metade é cansaço. Que a arte nos aponte uma resposta Mesmo que ela não saiba E que ninguém a tente complicar Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer Porque metade de mim é a platéia A outra metade é a canção. E que a minha loucura seja perdoada Porque metade de mim é amor E a outra metade também. Drop’s de Hortelã Eu andava meio estranho Sem saber o que fazia, eu não sei Andava assim eu não sei Se era feliz Eu achava que faria uma canção E a melodia, eu não sei Andava assim,eu não sei Se era feliz Eu achava que faria tudo que não sei Que amaria, eu não sei, fazer desenhos com giz Eu achava que faria uma canção nissei (não sei) Eu me sentia, eu não sei, um americano em Paris Eu achava que tamanho tinha a ver com poesia, eu não sei Mas toda vida eu deixei a vida entrar no nariz Me mandei pra Curitiba E como eu gosto dessa vida! Ah! Eu sei Que a paixão que eu falei Me lembra o anis Fiz um drops de hortelã da bala que eu te dei Para atirar o porém, da frase que eu nunca fiz.

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