Música | UFMS | 18/11/2020 08h52

Melancolia na música e estilos do flamenco são debatidos em festival

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Na noite de hoje, 17, a música elisabetana e os estilos ponteado e rasgueado foram discutidos num encontro realizado pela plataforma Google Meet. A atividade é parte da programação do Festival Mais Cultura, realizado durante esta e a próxima semana.

Durante a primeira parte da roda de conversa, a professora e violinista Dagma Eid apresentou uma análise do repertório popular da guitarra barroca no século 17 em vários países da Europa, e também os gêneros preferidos naquele século. Essa análise permite observar estilos rítmicos, melódicos e harmônicos que deram origem ao toque flamenco, muito conhecido até os dias atuais.

Segundo a professora, a função da guitarra barroca era rítmica e a prática do rasgueado é uma das técnicas que fundamenta o estilo flamenco. “Eu tenho vídeos no YouTube onde eu pratico e mostro na prática como tocar esses rasgueados”, orienta.

Em suas considerações finais, Dagma afirmou ser necessário encontrar caminhos para interpretação deste repertório de caráter improvisatório. “Acreditamos que o toque flamenco, salvo algumas diferenças sonoras e estéticas, pode suprir esta carência de informações específicas de técnica de mão direita”.

A segunda parte ficou sob responsabilidade do professor Guilherme de Camargo, que falou sobre o alaúde elisabetano, mais especificamente na época de John Dowland e da rainha Elizabeth I.

Guilherme iniciou a exposição com uma reflexão sobre o que é a melancolia, para entender em qual “tipo de melancolia” a música romântica e pré-romântica, a música elisabetana, se encaixa. “Essa estética fazia parte de uma necessidade de se fazer compreender”, explica o professor, ao analisar uma das composições de Dowland.

“Falar de melancolia, da maneira como for, é algo que nos faz refletir. Vamos parar para pensar um pouco sobre a nossa própria melancolia”, sugere. Para ele, falar deste sentimento é necessário para que não nos sintamos melancólicos, algo que classifica como “paradoxo”.

Após cada uma das apresentações foi aberto um espaço para troca de ideias e resolução de dúvidas enviadas pelos espectadores durante a transmissão. O professor Guilherme ressaltou sobre a importância de espaços como o Festival Mais Cultura para que o conhecimento seja compartilhado e que debates sejam fomentados.

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