Mosaico | Jeozadaque | 26/11/2010 09h54

Primeira noite do Fito em Campo Grande encanta público

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Ao passar pela catraca de entrada do Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande, o encanto da infância reluzia nos olhos daqueles que há muito esqueceram o que é se entregar a imaginação. Vestidos gigantes esvoaçam pelo teto, competindo atenção com móbiles das cadeiras da sala de jantar, enquanto no chão bailarinas-saca-rolhas de mais de 4 metros de altura esperam ansiosamente por quem as tire para dançar e, no meio de tudo isso, um homem feliz e bem munido de artefatos se banha em um ritual divertidíssimo. A descrição revela a primeira impressão dos que foram na primeira noite ao Albano Franco acompanhar as atrações do Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito), que foi aberto ontem à tarde (25/11) pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, e prossegue até domingo (28/11). Após se deliciarem com o cenário produzido especialmente para os sul-mato-grossenses, os visitantes acompanham as apresentações especiais que interagem com o público, espetáculos de palco e nas salas preparadas para darem vida aos objetos que são protagonistas das cenas e dos sonhos dos que os vêem. Grande parte das atrações tem classificação livre e todos os dias, após às 20 horas, espetáculos para adultos completam a programação. Um exemplo é o espetáculo “Mulheres”, da Cia Trecos e Cacarecos, que se apresentará também nesta sexta-feira, às 20h30, sendo que a peça conta quatro histórias baseadas no livro “Mulheres que correm com lobos”. “Queremos mostrar com as histórias mitos e arquétipos que compões o universo feminino. Por meio dessas quatro histórias que tentamos transmitir o ciclo feminino que passa pela perda de inocência em termos de mundo, o resgate de si mesma e do outro sob aquele olhar de cuidar e de construir que a mulher tem, e utilizamos então objetos do cotidiano feminino ao simular situações”, explicou Lilian Guerra, que contracena com a atriz Kelly Orasi durante a apresentação. Além de atrizes, essas protagonistas dão vida aos objetos ao manipulá-los, e garantem também a rica manipulação do espetáculo. Leques, caixinhas de música, frutas, taças, talheres, bandejas e bonecas são algumas das ferramentas utilizadas. “Muitos objetos usados em cena tem uma bagagem histórica por terem pertencido às nossas mães e avós. Além da nossa bagagem cultura, transmitida nas cenas, contamos com a carga contida em cada expectador, e isso contribui com a nossa intenção de propor um universo imaginário e não entregar um espetáculo totalmente pronto”, finalizou Lilian Guerra. Da redação

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