Mosaico | Jeozadaque | 22/04/2011 14h52

Pratas da casa dão toque especial ao Festival da América do Sul

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Rita Lee, Moraes Moreira, Ballet Stagium, Soledad Villamil, Pedro Arzar, Elias Andreato, Amelita Baltar, Casuarina... São tantos nomes e renomes da música, dança e do teatro, que não dá para perder as apresentações, se perder um momento do Festival América do Sul (FAS), ficamos sem prestigiar os grandes de nossa cultura. Mas entre uma atração e outra, os “pratas da casa”, brilham e dão um show a parte na 8ª edição do FAS. Foi pensando na interação com os renomes nacionais e internacionais que o governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio de sua Fundação de Cultura, lançou os editais de seleção pública para espetáculos de dança, teatro e música específicos para que os artistas de nosso estado participem do FAS, bem como do Festival de Inverno de Bonito. A fórmula usada pela atual administração levou aproximadamente 700 mil pessoas para os festivais em Corumbá. O Festival América do Sul já é um evento consolidado e presente no calendário cultural brasileiro. O FAS possibilita uma integração entre os países da América do Sul a partir das manifestações culturais. E permite um conhecimento maior do que esses países produzem culturalmente. O encontro gera uma reflexão importante sobre os rumos da área cultural, sobre os pontos de convergência existentes e sobre os caminhos a serem percorridos na América do Sul. Por meio do Edital, o público do FAS vai conhecer e apreciar o Chorumbá, um espetáculo criado pelo grupo de choro Agemaduomi, específico para o Festival. Seguindo a tradição, o samba de Gideão Dias pede passagem e faz o cavaco chorar novamente em Corumbá. Gideão vai apresentar o show “Samba sem Fronteira” com composições próprias que conta os desafios do dia-a-dia de forma irreverente. Ainda com música animando a Generoso Ponce, o Forró Zen, Grupo que fez uma pesquisa dos ritmos nordestinos e inseriu no show “no Sertão do Pantanal” o timbre da viola caipira, convida os turistas para acompanhar o forró do nordeste com os passos de nossa tradicional “Catira”. Mais tradicionalista que o mato-grossense Daniel de Paula é impossível, e quando se fala em música, seu show, que é feito com a viola do Cocho, um patrimônio histórico imaterial, produzido também, em Corumbá pelo “Seu Agripino”, alimenta nossa alma com sua sonoridade. Os bastidores da música, também podem ser contadas pela Jennifer Magnética a banda vai mostrar o que pensa o velho ébrio na sarjeta ou o que sente a ‘tia’ do balcão do buteco, por viver no submundo do submundo. O desafio que a banda se propõe a enfrentar é de levantar o público do Festival com show que dá nome ao novo CD da banda, “O Verdadeiro Undergrond”. A música nada seria sem a dança para acompanhá-la. No FAS, os espetáculos dançantes também têm seu lugar ao palco. O Desafio do Touro Candil, uma das escolhidas para se apresentar no festival, vai ter a possibilidade de levar um pouco da cultura paraguaia à Puerto Soarez (Bolívia) no sexta-feira (29). A intenção do grupo é divulgar a cultura e o folclore do Touro Candil, que agrega as culturas brasileira e paraguaia em suas apresentações. Do folclore ao hip-hop, os “Subversivos” da Cia Dançurbana faz uma pesquisa à vivência, a troca e as experimentações que buscam um movimento espontâneo e consciente. Fechando os espetáculos dos pratas da casa, o teatro vai ter um papel fundamental neste festival: Não deixar cair a peteca. Grandes nomes do teatro sul-americano estarão no 8º FAS. Prova disso são as apresentações de Cias de teatro da Argentina, Uruguai, Bolívia, e do Paraguai, além da homenagem e a apresentação do ator Elias Andreato, com a peça ‘O Doido’, no colégio Santa Tereza, no sábado (30). Mas, não tem drama. Já que Os Corcundas (Circo do Mato) vão fazer o público de Corumbá rir muito com um corcunda simpático e puro, a outra brincalhona e esperta, que de comum, apenas a feiúra e o amor que se aflora no desenrolar da peça. Já A Serpente, baseada na obra homônima de Nelson Rodrigues relata a história de quatro irmãs que celebram o casamento no mesmo dia, alem de dividirem o mesmo apartamento. Bertold Brecht e Samuel Beckett referenciam a peça “Incontornáveis – um espetáculo de incoerência e horror” (Mercado Cênico)que tem a violência como tema base da peça, que é a primeira de uma série de três,e conta ainda, com as incoerências políticas e religiosas. Toda a programação do FAS 2011 está disponível em www.festivalamericadosul.com.br Da Redação

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