Mosaico | Jeozadaque | 27/11/2010 16h46

Fito é opção de lazer para pais e filhos neste fim de semana

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Que tal ir ao zoológico e encontrá-lo fechado? Pode até parecer um problema, mas para a Companhia Truks é apenas o início de um espetáculo criativo. “Zoo Ilógico” é um espetáculo em que a galinha é feita de bule, espanador e pano de prato e o rato, de papel alumínio. O espetáculo integra a programação do Fito (Festival Internacional de Teatro de Objetos), que prossegue até este domingo (28/11) no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande. Com entrada franca, as apresentações começam sempre às 16 horas e reúnem companhias do Brasil, França, Itália, Argentina e Israel. “Zoo Ilógico” reúne, no palco, dois atores que dão vida a diferentes objetos e, tudo, claro, com muita gargalhada do público, que acompanha atentamente as performances. Na platéia, crianças e pais que se divertem com o que vêem, já que o espetáculo tem classificação livre e é uma das alternativas para o fim de semana. “É a primeira vez que assisto um teatro assim e achei muito legal a apresentação. Não imaginava que num bule poderia virar uma galinha”, divertiu-se Liliane Dias, 11 anos. Participando Quem quiser experimentar como é fazer teatro de objeto também tem espaço no Fito, pois a companhia italiana La Voce delle Cose tem as “Máquinas para o Teatro Inconsciente”. Em um tablado montado também no Albano Franco é possível os visitantes “encenarem” uma história com objetos, como colher de pau, prego, pegador de macarrão e um saco plástico. Cada uma das cinco cabines tem histórias diferentes e para usá-las só é preciso ter um companheiro disposto a se aventurar pela magia do teatro. Ao som de uma gravação que instrui sobre o que deve ser feito e quais objetos utilizados para cada “cena”, o público pode ir criando a história. Do outro lado, o espectador também ouve uma gravação, mas ao invés das instruções de um diretor ouve a narração da história. Desta forma, o “operador” dos objetos só consegue descobrir a história que contou ao terminá-la. Indicado para todas as idades, cada espetáculo das caixinhas é único e exige apenas a concentração dos participantes. Criador das máquinas, Lut Angelini conta que elas têm dois objetivos. “Queremos explicar a estrutura lógica que fica atrás do teatro de objeto e permitir que o público perceba a dupla mensagem dos objetos”, afirma. “Duas das cinco caixinhas têm histórias infantis e objetos mais simples para que as crianças possam utilizar. No início, algumas pessoas chegam a ter dificuldade, mas pegam o ritmo rápido. As máquinas transformam o público em artistas”, conclui o instrutor Fabio Carês. Tom Zé A apresentação gratuita de Tom Zé, prevista para as 21h30 deste sábado (27/11) no Fito foi antecipada para as 21 horas, quando os sul-mato-grossenses poderão degustar uma hora do som vanguardista e inusitado do baiano com o espetáculo Música/Contramúsica. No show, Tom Zé incorpora à sua música conceitos modernistas, elementos de música erudita e de vanguarda ao folclore e às canções cantadas pelo povo. Nos arranjos e orquestrações, ele acrescenta liquidificadores, rádios, máquinas de escrever, enceradeiras, gravadores, teclados e garrafas, além de juntar a instrumentos convencionais um par de um complexo sistema de som construído por ele próprio em 1978 - o sampler brasileiro. As letras de Tom Zé, influenciadas pela poesia concreta, privilegiam o essencial e, algumas, a síntese. Seus arranjos originais e a riqueza rítmica de suas composições o transformaram num dos mais irônicos e irreverentes criadores do Brasil. Ampliando os limites da canção popular, expressa, a um só tempo, rudimentaridade e alta-tecnologia, realidade virtual e sonoridade naif. Une o pop à música experimental. Da redação

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