Literatura | Da redação | 17/11/2016 10h40

Proler começa nesta quinta-feira com palestras e oficinas gratuitas

Compartilhe:

O Proler é um projeto que visa a aproximação da população com a literatura e os espaços de leitura. Em sua 17ª edição, o tema é “Cultura Urbana e Bibliotecas: (pré)ocupações”. O objetivo é dar visibilidade para os poetas, escritores e agentes de rua, pessoas que fazem literatura sobre pessoas e para pessoas.

O evento é aberto ao público e conta com palestras e oficinas que visam desenvolver ferramentas para a melhor fomentação da leitura, educação e cultura. A palestra de abertura será ministrada por Adriana Cybele Ferrari, bibliotecária, com especialização pela PUC-Campinas em Sistemas de Informação, MBA em Gestão da Qualidade pela Escola Politécnica da USP. Atualmente é assessora da reitoria da USP e presidente da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (Febab). A Unigran fica na rua Abrão Júlio Rahe, 325, Centro.

No dia 18, também às 19 horas, no Memorial da Cultura, será proferida a palestra “Literatura das ruas – Como os Saraus que se proliferam nas periferias tem contribuído na formação de novos leitores e poetas/escritores no país”, com Sérgio Vaz. Sérgio é hoje um dos nomes que estão fazendo a periferia paulistana sonhar e ao mesmo tempo realizar. O Memorial da Cultura fica na avenida Fernando Corrêa da Costa, 559 – Centro. Telefone: (67) 3316-9174.

Haverá também um bate-papo com escritores regionais e nacionais no dia 19, às 16h30, no Sesc Morada dos Baís. Participarão os escritores Rose Bragato, Silvia Cesco e Fábio Gondin (de MS), Sheyla Smanioto (vencedora do Prêmio Sesc de Literatura 2015 na categoria Romance) e Marta Barcelos (vencedora do Prêmio Sesc de Literatura 2015 na categoria Contos).

No mesmo evento serão lançados os livros “Desenvolvendo a Competência em informação”, do professor Rodrigo Pereira e “ Os meninos da colina” do professor Ravel Paz.

Sobre Sérgio Vaz –Autor de Pensamentos Vadios (1999), A Margem do Vento (1995) e Subindo a ladeira mora a noite (1992), ele fala que é poeta e acha que faz poesia. É formado nas ruas, começou a escrever poesia em papel de pão e aprendeu tudo que sabe nos livros e no Bar e Empório Gurarujá, atual bar do Zé Batidão, onde acontecem os saraus da Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia), a qual fundou em fevereiro de 2001 juntamente com outros artistas em uma fábrica desativada. Meses depois, criou o Sarau da Cooperifa com o poeta Marco Pezão, que deflagrou um dos maiores movimentos literários de São Paulo: a Literatura periférica, além disso, é o criador da Semana de Arte Moderna da Periferia

Sobre a obra de Sheyla Smanioto – Primeiro romance de Sheyla Smanioto, Desesterro é feito de muitas vozes, de sonhos, de fotografias imaginárias, de uma menina sem nome e de uma avó cansada. O cenário de pobreza e de carência de Vila Marta e Vilaboinha – cidades fictícias – deixa na pele de Maria de Fátima, personagem principal, as marcas das gerações que se sucederam neste universo duro e de fome que ecoa um arquétipo de Brasil profundo. Carregado de dramaturgia, feito de torções gramaticais e desorganização temporal e espacial, Desesterro dá ao leitor a impressão de transitar entre realidade e sonho.

Sobre a obra de Marta Barcellos – As doze mulheres retratadas nos contos de Marta Barcellos se defrontam com uma mesma impossibilidade: a de engravidar e corresponder a uma figura maternal idealizada. Marta costura essas histórias com uma linguagem eficaz, ao mesmo tempo pungente e delicada, incitando o leitor, fascinando-o e conduzindo-o por contos que giram em torno da classe média alta e seus códigos; da promessa de felicidade que não se cumpre em padrões de consumo e aparências; da urgência e do mal-estar de se viver em uma sociedade de contrastes. Antes que seque nos surpreende com profundas reinvestigações do que pode ser o ato de contar um conto: inventivas releituras de uma forma aparentemente inesgotável.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS